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A mostrar mensagens de outubro, 2015

Discursos de Abertura da II Sessão Ordinária da VIII Legislatura da Assembleia da República. Teve início hoje a II sessão da AR.

Gostei do que ouvi. Em termos de discurso, duas surpresas: O Discurso da Deputada Margarida Talapa, chefe da bancada da Frelimo. Foi, quanto a mim, o primeiro discurso bem-conseguido daquela dirigente, desde que a conheço naquela qualidade. Não foi o melhor em termos de ideias políticas. Não necessariamente. Mas exercitou pela primeira vez a lógica e a coerência discursiva. E defendeu algumas ideias das quais cito de memória: 1-Que a Frelimo é pela Paz e a prova disso é que tem vindo a acomodar e a ceder as exigências da Renamo desde 1992. Citou o conflito recente e a consequente produção legislativa. 2-Apontou para o diálogo como único caminho para a solução e reiterou a prontidão da sua bancada em contribuir para este efeito. A outra surpresa foi o MDM. A bancada do MDM foi clara, directa e contundente em relação aos pontos pelos quais irá se bater nesta sessão: na proposta da revisão da constituição, ela irá defender a redução dos poderes do PR, que na sua óptica são excessivo

CARTA ABERTA AOS IRMÃOS DE LUANDA

“Não faz muito sentido uma greve de fome num país onde a liderança não consegue alimentar todos seus cidadãos” Caros irmãos, Tenho seguido com muita apreensão as notícias que documentam o mal-estar da democracia no vosso país. Não é assim tão diferente do nosso caso, mas aqui pelo menos, os problemas estão bem documentados e ainda podemos nos dar ao luxo de chegar perto dos nossos dirigentes ou publicamente expressarmos sentimentos contra eles sem que tal atrevimento se traduza automaticamente em detenções. SIM, ocorreu nos últimos dias da anterior governação que três cidadãos foram judicialmente processados, acusados de crimes contra a segurança do Estado pelo facto de um deles ter expressado uma opinião critica em relação a governação e os outros dois terem publicado a carta em órgãos de informação. Felizmente, no limiar da nova governação, um jovem juiz conseguiu rechaçar para bem longe os receios de um provável regresso da “lei da rolha” e da mordaça à liberdade d

A imprensa moçambicana está fomentar a guera

Tal como aconteceu na guerra dos 16 anos, hoje a comunicação social está profundamente envolvida no fomento à instabilidade. A comunicação social moçambicana tem a cota-parte de responsabilidade no ambiente político-militar que vivemos porque ela não está a contribuir para a compreensão do que está em causa. O público está a ser bombardeado com informação propagandística de ambos lados da contenda. Isto está a prejudicar em grande medida a capacidade de o público, a sociedade civil, posicionar-se de forma coerente. Grande parte do que temos lido na comunicação social não são notícias. São opiniões e editoriais que a partida tomam partido claro. Alguns exemplos: Grande parte de “notícias” dos jornais Noticias, Domingo ou TVM e AIM (língua portuguesa) são de opiniões de analistas pró-regime que se desdobram em condenar a guerra e apelar a paz. De permeio, diabolizam Afonso Dhlakama ao mesmo tempo que “apelam” ambas as partes a continuarem com o diálogo. Este esquema funciona da seg