DAS NOMEAÇÕES: COMPETÊNCIA E DEMOCRACIA
Nos últimos três meses, três nomeações “abalaram-me”: as substituições de Nelson Ocuane por Omar Mithá na ENH; João Ribeiro por Osvaldo Machatine no INGC, Rosário Fernandes por Amelia Nakare na Autoridade Tributária e, provavelmente, de João Loureiro por Maria Isaltina de Sales Luca no INE. Em média, todos os que foram substituídos representam a cara limpa de dirigentes do estado em pelouros-chave que, com transparência, sabedoria e mérito, dirigiram as instituições mais nevrálgicas de Moçambique. Como era de esperar, não faltaram lamúrias, medo e incerteza sobre o rumo das instituições dirigidas pelos exonerados, num momento em que a corrupção e o clientelismo afiguram-se como os principais desafios a superar na actual governação. A reacção que mais se ouve por aí é amiúde: “que pena, ele era tão competente. Será que o substituto conseguirá manter o ritmo?”. Outras reacções perscrutam ou abordagens clientelistas ou as que tem a ver com a meritocracia. Deixe-me sugerir-vos uma...