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A mostrar mensagens de setembro, 2006

Combates pela mentalidade histórica 4

Prosseguindo com os nossos combates (lembre-se que o termo constitui uma paráfrase do livro [Combates pela Mentalidade Sociológica , 2.ed. Maputo: Livraria Universitária. Disponível nas Livrarias da Universidade Eduardo Modlane – Comprem-no] do Professor Carlos Serra ), hoje trago-vos o texto do Professor Boaventura de Sousa Santos sobre Cuba. Faltava esclarecer uma coisa: o esrfoço aqui é de mostrar e saudar as experiências de resistência ao capitalismo neolibral vividas por outros povos para desta forma também animar o debate da possibilidade de um outro Moçambique e porque nao, de uma outra África. Começamos com a América latina, depois iremos para Europa do Leste e do Ocidente. Daí escalaremos a Ásia e por fim, a África. No fim mesmo, Moçambique. A razao desta ordem é propositada. Explicarei no fim. O artigo original está aqui Cuba Cuba está entrando num processo de transição política cuja complexidade decorre da natureza e duração do regime ainda em vigor, do peso da personalidad

Combates pela mentalidade histórica 3

Urgente: Agradeço aos que puderem ler um capítulo do livro de Ignacio Ramonet : Cem horas com Fidel Castro. Aqui, Fidel conta como viveu os momentos antes, durante e depois do golpe de Estado contra Hugo Chávez em 2002, 11 de Abril. O artigo encontra-se aqui .

IX Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais

Luanda, 28/30 de Novembro, IX Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais, dedicado ao tema Dinâmicas, Mudanças e Desenvolvimento no Século XXI . Diversidade cultural, cidadania, migrações e comunidades transnacionais são algumas das áreas temáticas. Contactos: Secretariado do IX Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais Universidade Agostinho Neto Faculdade de Direito (Secretariado da Pós-Graduação) Caixa Postal 1354 Av. Ho Chi Minh, Luanda, Angola E-mail: ixclabcs@yahoo.com.br Telefones: +244222325538/923215340/923565845 Fax: +244222325538 Para mais referencias vide este site ou este anúncio.

Combates pela mentalidade Histórica 2

Conforme prometido, mais um artigo de Boaventura de Sousa Santos, Professor Catedrático de Universidade de Coimba , Faculdade de Economia e Director do Centro de Estudos Sociais da mesma Faculdade. O ariginal pode serencontrado aqui . A Exactidão do Erro O comentário no Ocidente ao discurso do papa alinhou-se pelas seguintes ideias: não foi um discurso do papa, foi um discurso do professor; talvez o papa tenha cometido um erro ao escolher a citação do Imperador de Bizâncio, mas isso não justifica as violentas reacções no mundo islâmico; o enfoque central do discurso foi a relação entre a razão e a fé, e a crítica do moderno secularismo ocidental. Por que razão nenhum destes argumentos é convincente? O papa falou como papa e escolheu o contexto que lhe permitisse romper mais claramente com a doutrina papal até agora vigente. Essa doutrina, vinda do Concílio Vaticano II e continuada pelo Papa João Paulo II, era a do ecumenismo e do diálogo entre religiões, no pressuposto de que todas sã

Combates pela mentalidade histórica

O título acima constitui uma paráfrase ao famoso (e se calhar o mais vendido) livro do Professor Catedrático moçambicano, Carlos Serra (Combates pela mentalidade sociológica). A partir de hoje e ao longo do próximo mês, e como devereis ver nas palavras de dentrada deste blog (vide, está tudo alterado), começarei a postar textos não da minha autoria, mas de autores concujos ideais partilho. O objectivo é único: lutar pela desconstrução da monocultura do saber capitalista neoliberal que domina a nossa contemporaneidade para assim, lançar pistas para um mundo alternativo, que é bem possível, mas acima de tudo, contribuir para UM Moçambique alternativo; uma espécie de apelo à emancipação social, um prjecto quanto a mim, abandonado em 1987, com a entrada de dois bárbaros no nosso país: FMI e Banco Mundial na companhia de alguns estados hegemónicos ao seu colo. O texto que se segue é do Professor Emir Sader e pode ser acedido através deste link. Cuba antes de Fidel Em 1989, acreditando q

Não alinhados reorganizam Sul do mundo

Na passagem do mundo bipolar para o unimultipolar, desapareceu o “terceiro mundo” - , não apenas porque o segundo o havia feito. Mas porque a globalização reinstarou uma nova ordem mundial. E que comanda um processo, detendo o poder, atribui a cada peça seu lugar na totalidade do sistema, assim como dá nome às coisas. Da mesma forma, desapareceram os "não alinhados", porque alinhar-se passou a ser estar alinhado com o mercado, isto é, com a modernidade, o progresso, o dinamismo - em suma, o futuro. A globalização neoliberal impôs um novo léxico, que corresponde ao novo fluxo do capital e da dominação em escala mundial. Países avançados e atrasados, globalizados e enfeixados (ainda) nos marcos nacionais, desregulamentados e "protegidos", aderidos ao livre comércio ou marginalizados do comércio internacional. Como se queria chamar, são novas denominações para a dualidade civilização ou barbárie, que preside o capitalismo ao longo de toda sua existência. O grito de Chi

Terrorismo: 2 discursos

O artigo que se segue é da autoria do Sociólogo português, Boaventura de Sousa Santos, publicado no jornal Brasileiro, Carta Maior . Dada a sua importância, gostaria de partilhar com os colegas esta brilhante forma de ver o terrorismo. À todos, um bom proveito. Como é próprio dos fenômenos importantes nas sociedades democráticas, há dois discursos sobre o terrorismo: o conservador e o progressista. Específico do terrorismo é apenas o fato de o discurso conservador ser completamente dominante. Eis os traços principais deste discurso: “terroristas” são terroristas, ou seja, as definições oficiais de terrorismo são as definições “naturais”, óbvias; o terrorismo nunca teve êxito; os terroristas são nossos inimigos e como tal devem ser tratados: a sua violência deve ser enfrentada com a nossa violência; não tentar compreender o terrorismo para além deste quadro é ser cúmplice com ele. O medo e a indignação causados por atos de violência contra a vida de pessoas não diretamente envolvidas e

Novo Livro de Elisio Macamo

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  Moçambique: Um país cheio de soluções , é o título do livro do professor Elísio Macamo, sociólogo moçambicano e residente na Alemanha, lançado semana passada (08.09.06) em Maputo. Uma verdadeira obra sociológica. Adquiram-no. 

A Lei do Funil

Aplicada pelos Estados ditos Hegemónicos e as IFIs aos Países Pobres e em Desenvolvimento 1.º Os homens de negócios opõem-se geralmente aos subsídios, para todos menos para eles. (...) 2.º Toda a gente é a favor da concorrência, em todos os sectores menos no seu. (...) 3.º Todos são a favor da abertura e transparência, em todos os sectores menos nos deles. = Joseph Stiglitz, Nobel da Economia = Já se sabia. Os grandes defensores do neo-liberalismo só são genuínos defensores da pureza das suas ideias quando estas são para aplicar... aos outros. A todos, Bom fim de Semana