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A mostrar mensagens de novembro, 2014

DOS MÍSEROS 405 MIL METICAIS DE QUE TANTO FALAM

Enquanto o valor solicitado pela delegação da Renamo ao diálogo político seria pago em 135 dias, um Juiz-conselheiro do Tribunal Administrativo poderia pagar este valor em apenas dois meses do seu salário. O custo da diária de um funcionário do Estado em viagem ao exterior custa em média, o dobro do que é solicitado pela delegação Renamo Em época festiva, o Estado jamais abdicou de comprar cabazes para seus funcionários e os ministérios se desdobram em festas de fim-do-ano, gastando em média o dobro do solicitado a nível nacional. O meu principal argumento é que podemos discordar da solicitação mas não podemos ridiculariza-la. E, existem no estado, hábitos nocivos, adbicáveis, que deveriam igualmente arrepiar os que ora ridicularizam o pedido dos membros da Renamo às negociações no CCJC. _______________________________________ Receei bastante antes de comentar a insistência de alguns sectores nos números irrisórios avançados pela delegação da Renamo ao diálogo político que d

A mesma seriedade que exigimos dos governantes, exige-se também aos mandatários da oposição em órgãos do Estado.

Em todos processos eleitorais a oposição reclamou em órgãos apropriados mas viu seus recursos chumbados liminarmente. Ou seja, a maioria destas reclamações nem se quer foi objecto de análise porque ora submetidas fora do tempo, ora não observaram as fases prévias. Aconteceu em 1999, 2004, 2009 e 2014. Mesma história. E, como cereja no topo do bolo, quando necessário, teve sempre uma mãozinha de talento disposta a votar a favor da trama. Recordo a façanha e o papel do falecido  Francisco Machambisse ao ter submetido tarde a reclamação da Renamo em 2004, Raúl Domingos acusado de pedir dinheiro para si e para Dhlakama em 1999 em vez de negociar a partilha do poder ou já agora, Salomão Moyana, acusado de ter traido quem lhe mandou para CNE, votando a favor da Renamo. Em todos processos eleitorais a oposição depara-se com o mesmo dilema dos seus membros: (IN)DISCIPLINA. Enquanto membros enviados pela Frelimo votam consoante a vontade do mandante, os da oposição ainda se dão ao luxo de &quo

PORQUÊ ACHO QUE O CONSELHO CONSTITUCIONAL IRÁ PROCLAMAR NYUSI PRESIDENTE E FRELIMO VENCEDORES DAS ELEIÇÕES GERAIS?

[ .. .]“generally, motive and reasons for doing the deed are not an element of the crime, and trials are limited to proof of the crime and responses to that proof". [tradução livre,  Egidio G. Vaz Raposo ] Geralmente, os motivos e as razões para realização de um acto não constituem elementos de prova do crime, pelo que o julgamento limita-se apenas à prova do crime e as respostas a essa prova,  Fareed Zakaria . Por isso, eu estou convicto que o Conselho Constitucional irá proclamar a vitória de Filipe Nyusi e da Frelimo. Irá nos cansar com um relatório de mais de uma hora para depois dizer o que todos estavamos a espera que fizesse. Isto vai acontecer não porque a Renamo, os observadores nacionais e os cidadãos não reclamaram. Isto vai acontecer porque os elementos de prova que serão ajuntados não serão suficientes e bastantes para satisfazer a causa de pedir. Os Juízes não irão analisar o motivo ou atitudes fraudulentas de um partido. Os juízes irão sim, prestar seu en

DAS CHANCELARIAS

Os diplomatas estrangeiros em Moçambique estão muito mais activamente engajados em negociações, conversações e diálogo com dirigentes do Governo da Frelimo do que com líderes da oposição. Já faz escola em Moçambique que um determinado sector da comunicação social e seus analistas falem muito da "ingerência das chancelarias" em assuntos da democracia interna. Gostaria de à guisa de provocação tecer aqui alguns pontos Primeiro, gostaria de recordar que nenhuma "chancelaria" está em Moçambique a força. Ou seja, todos eles estão sujeitos à acreditação. Por outras palavras, estão aqui porque o Governo de Moçambique assim o quer e acha que a sua presença é útil. Segundo, gostaria também de informar que estas chancelarias estão e Moçambique mais para perseguir seus interesses que o nosso, o Moçambicano. Da mesma forma que nós como Estado pagamos mais de 70 embaixadores espalhados pelo Mundo, sustentamos as despesas destes escritórios no estrangeiro, temos um ministér