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A mostrar mensagens de janeiro, 2010

Os que ficaram em terra: reflexões em torno do “Governo não preferido” de Armando Guebuza

Introdução No texto anterior debrucei-me sobre os desafios que a nova governação deverá enfrentar para satisfazer as altas expectativas lançadas pelo Presidente da República. No presente, irei especular em torno dos prováveis cenários que o Partido Frelimo e respectivo Governo viverão ao longo deste ano até a realização do X Congresso da Frelimo, que normalmente acontece de 5 em cinco anos, daí que se espera que venha a acontecer em 2011. Fá-lo tomando como base três aspectos principais: o Congresso em si e respectivo processo, a sucessão de Armando Guebuza e sua implicação para o seu governo e por último o papel “dos que ficaram em terra” e a dinâmica de grupos. Julgo ser importante compulsar sobre o tema por dois motivos essenciais: primeiro o bom ou mau desempenho do actual Governo condicionará em grande medida a composição dos vários órgãos do partido durante o Congresso bem como o reshuffle do governo do dia. Será o momento único em que internamente, Armando Guebuza será seriament

Pilotos da Capitania: Nota sobre os novos membros do Governo

" O Plano não é para ser negociado. O Plano [quinquenal do Governo] é para ser cumprido." In: Discurso de Armando Guebuza, Presidente da República de Moçambique, no acto de tomada de posse de membros do novo Governo. 18 de Janeiro de 2010. Tomaram posse hoje os 28 Ministros e 23 vice-ministros - 51, ao todo - do Governo de Armando Guebuza. Estes têm pela frente a missão de governar bem, para que as promessas eleitorais, traduzidas em plano de governo, se materializem, garantindo assim que o combate à pobreza seja sério e eficaz. O presente texto busca compulsar sobre as implicações dos discursos do Presidente da República aquando da tomada de posse dos deputados da Assembléia da República , da sua própria tomada de posse e, mais recentemente, dos membros do seu Governo. Mantendo a mesma veia literária, Armando Guebuza elevou ainda mais a fasquia das expectativas do povo moçambicano. Voltou a definir a pobreza como o mal a atacar e erradicar, através da materialização das pro