Os que ficaram em terra: reflexões em torno do “Governo não preferido” de Armando Guebuza
Introdução No texto anterior debrucei-me sobre os desafios que a nova governação deverá enfrentar para satisfazer as altas expectativas lançadas pelo Presidente da República. No presente, irei especular em torno dos prováveis cenários que o Partido Frelimo e respectivo Governo viverão ao longo deste ano até a realização do X Congresso da Frelimo, que normalmente acontece de 5 em cinco anos, daí que se espera que venha a acontecer em 2011. Fá-lo tomando como base três aspectos principais: o Congresso em si e respectivo processo, a sucessão de Armando Guebuza e sua implicação para o seu governo e por último o papel “dos que ficaram em terra” e a dinâmica de grupos. Julgo ser importante compulsar sobre o tema por dois motivos essenciais: primeiro o bom ou mau desempenho do actual Governo condicionará em grande medida a composição dos vários órgãos do partido durante o Congresso bem como o reshuffle do governo do dia. Será o momento único em que internamente, Armando Guebuza será seriament