Professor Lourenço do Rosário: Ta Tenda Kweni-Kweni

Pela segunda vez em menos de 15 dias lhe ouço falar para o povo moçambicano. Um autêntico sábio, que fala o que sabe e escusa-se a dizer algo, quando está em dúvida. Não é daqueles “analistas”, que não passam de comentadores, que dizem “mas....não sei...não sei mesmo...mas acho que se isso é assim “é porque há qualquer coisa”.
Por exemplo,

“Se Dhlakama agiu assim, é porque há qualquer coisa”...

Que coisa é esta? Silêncio absoluto. Não sabe ele que perdeu uma optima oportunidade de estar calado.
Não sabe esse nosso douto analista, que quando o jornalista lhe convidou para falar do tema era para, exactamente falar desta “coisa” que ele tanto se esgrimiu para “descobrir”.

O Professor Lourenço do Rosário é diferente. Aliás, porque não estabelecer-se uma nova norma; uma ordem em que se dá a palavra àqueles que investigam. Mia Couto já teria dito isso alguma vez. Não basta alguém ser professor ou mestre ou licenciado para se ter a certeza que sabe tudo sobre a áreas da sua formação ou competência.

Falar para o público e fazê-lo compreender é outra coisa. Licenciar-se é outra. Portanto, o Professor Lourenço do Rosário deu uma boa lição de como é grande a responsabilidade de quem é convidado a comentar sobre algo. Estuda os dossiers, prepara-se, não se preocupa com o asessório, etc.

Se fossem os outros, antes começariam por dizer onde é que estudaram, depois diriam o seu grau de instrução universitária, depois a média com que concluíram, depois os autores com os quais analisará as perguntas, e por fim...diria que “a questão é muito difícil e que não se esgotaria em apenas 30 minutos”!
Aí, cimentaria a desilusão que se antevia.

Quem não ouviu o Bom dia Moçambique de Hoje dia 14 de Junho, perdeu. O Professor falou muito sobre os 30 anos da nossa independência. Perdeu quem não o ouviu. Que vá já à secção comercial da RM comprar o Programa de Enílio Manhique.
Obrigado pela explicação gratuíta, PROFESSOR

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