Imagens da Republica II
Volvidos 6 meses da nova Governação, com Armando Guebuza à cabeça importa tecer algumas conisderações à propósito.
Os Ministros parecem já dominarem o que lhes compete; já dão entrevistas televisivas; os Governadores também, vão embargando obras que não estiverem em condições; enfim, tudo mostra o grande compromisso assumido por este novo Governo, pelo menos à nível verbal.
Todavia, assuntos há que me parecem muito peculiares, cuja solução tarda e, consequentemente em muito atordoa as demais aspirações populares.
A subida de preços verificada logo após a tomada de posse do novo Governo, parece-me ter posto em xeque a governação deste. Todavia, parece-me que, se por um lado aos Ministros do Comércio e Indústria e dos Transportes não compete fixar os preços, por outro, deixe-me dizer que estes mostraram uma incapacidade enorme de negociação. Para o primeiro, limitou-se em acusar aos comerciantes e demais empresários de não serem competitivos (quando foi da questão dos frangos provenientes do Brasil), vocábulo oco, este, pois inquinada de exogeneidade de valores. Ao segundo, limitou-se em negociar 500 meticais com os transportadores colectivos e semi-colectivos de passageiros. Isso é muito pouco para um Governo que “canta” aos quatro ventos e em viva voz desejosa em combater a Pobreza. O nosso Presidente sempre convida de encoraja as pessoas a trabalharem de forma incessante para combater esse mal. Diz ele que a pobreza não pode ser uma fatalidade.
Como é o Governo pode agir em uma economia de cariz neoliberal como a nossa?
1.Perante a alta dos preços, principalmente dos transportes, o Governo poderia pensar em potenciar a capacidade de oferta dos transportes públicos através da compra de mais viaturas ou mesmo ajudando a reabilitar as existentes. Para o caso de Maputo, com tanta demanda, é inconcebível que a frota do TPM não possua 50 autocarros! Isso seria possível através da subvenção extraordinária aos Concelhos Municipais, destinada exclusivamente para esse fim.
2.Por outro lado, podia também trabalhar com os transportadores, fazendo-os compreender que em uma situação caótica como esta, todos deveremos arcar com os prejuízos, não sendo apenas o povo, vítima destes acréscimos. Fazendo júz às palavras da Primeira Ministra, deveriamos ter calma suficiente e gradualmente indo actualizando os preços.
3.Em vez de nos desdobrarmos em discursos banais, ao Governo caberia a missão de explicar o que de facto está a contecer bem como prometer quando é que a situação se estabilizará.
4.Querendo ou não, o Governo devia se preocupar com o capital de confiança do povo, que está a cada momento se degradando, em vez de se desdobrar em entrevistas fúteis e que de novo nada trazem.
Temo que o nosso PRESIDENTE se arrependa por ter mantido ou mesmo nomeado algumas das nossas figuras ministeriais. Mas também reitero que com a mesma coragem que teve, não a perca quando for para demiti-los
Os Ministros parecem já dominarem o que lhes compete; já dão entrevistas televisivas; os Governadores também, vão embargando obras que não estiverem em condições; enfim, tudo mostra o grande compromisso assumido por este novo Governo, pelo menos à nível verbal.
Todavia, assuntos há que me parecem muito peculiares, cuja solução tarda e, consequentemente em muito atordoa as demais aspirações populares.
A subida de preços verificada logo após a tomada de posse do novo Governo, parece-me ter posto em xeque a governação deste. Todavia, parece-me que, se por um lado aos Ministros do Comércio e Indústria e dos Transportes não compete fixar os preços, por outro, deixe-me dizer que estes mostraram uma incapacidade enorme de negociação. Para o primeiro, limitou-se em acusar aos comerciantes e demais empresários de não serem competitivos (quando foi da questão dos frangos provenientes do Brasil), vocábulo oco, este, pois inquinada de exogeneidade de valores. Ao segundo, limitou-se em negociar 500 meticais com os transportadores colectivos e semi-colectivos de passageiros. Isso é muito pouco para um Governo que “canta” aos quatro ventos e em viva voz desejosa em combater a Pobreza. O nosso Presidente sempre convida de encoraja as pessoas a trabalharem de forma incessante para combater esse mal. Diz ele que a pobreza não pode ser uma fatalidade.
Como é o Governo pode agir em uma economia de cariz neoliberal como a nossa?
1.Perante a alta dos preços, principalmente dos transportes, o Governo poderia pensar em potenciar a capacidade de oferta dos transportes públicos através da compra de mais viaturas ou mesmo ajudando a reabilitar as existentes. Para o caso de Maputo, com tanta demanda, é inconcebível que a frota do TPM não possua 50 autocarros! Isso seria possível através da subvenção extraordinária aos Concelhos Municipais, destinada exclusivamente para esse fim.
2.Por outro lado, podia também trabalhar com os transportadores, fazendo-os compreender que em uma situação caótica como esta, todos deveremos arcar com os prejuízos, não sendo apenas o povo, vítima destes acréscimos. Fazendo júz às palavras da Primeira Ministra, deveriamos ter calma suficiente e gradualmente indo actualizando os preços.
3.Em vez de nos desdobrarmos em discursos banais, ao Governo caberia a missão de explicar o que de facto está a contecer bem como prometer quando é que a situação se estabilizará.
4.Querendo ou não, o Governo devia se preocupar com o capital de confiança do povo, que está a cada momento se degradando, em vez de se desdobrar em entrevistas fúteis e que de novo nada trazem.
Temo que o nosso PRESIDENTE se arrependa por ter mantido ou mesmo nomeado algumas das nossas figuras ministeriais. Mas também reitero que com a mesma coragem que teve, não a perca quando for para demiti-los
Comentários