Sobre a Revisão da Bandeira Nacional

Tenho estado a acompanhar com relativa atenção o debate sobre a revisão da bandeira e dos símbolos nacionais.

Muitos “intelectuais doutorados” recém formados, jornalistas, escritores e quejanods não se cansam em escalar as demais Rádios e Televisões da praça, a começar pela própria Rádio Moçambique, para rejeitar tal ideia profana.

Para eles – acham - mudar a Bandeira Nacional bem como seus símbolos não seria tão aconselhável, dadas a história comum que eles impregnam. Para etses, mudar ou alterar as cores da bandeira nacional seria o mesmo que tirar-nos o puco do bocado da história comum e que nos pertence a todos nós. E aconselham: “é inoportuno mudar, alterar ou editar a bandeira e os símbolos nacionais; não é necessário”.

Se bem que concorde com a maioria das ideias por estes propostas, espanto-ne pela sua extemporaniedade abjecta.

Estes defensores da bandeira antiga puderam ficar todo o tempo em que se propós, debateu e apresentou o novo Hino Nacional! Hoje temos o novo hino nacional e eles não disseram palavra alguma.

É que, em nosso bem entender, o Hino Nacional, a Bandeira Nacional e seus respectivos símbolos fazem parte de um todo; são as três faces da mesma moeda; consonantes entre si; coerentes no fundo e na sua forma! Não venham agora dizer que o Hino Nacional não faz parte da História! Aceitaram a mudança do hino – se bem que marcadamente partidário de uma força política – e agora questiono a relutância em mudar também o resto.

O que noto nestes doutos senhores é a falta de ideias novas; a vacuidade dos seus argumentos denota uma flagrante incipiência bem como estagnação congênita das suas massas psíquicas.

Por outro lado, mostram um claro egoísmo feudal ao não quererem dar espaço aos outros, que assim o pretendam fazer, para que, com a sua criatividade, proponham outras cores e Símbolos Nacionias.

Estes, dadas as suas características altruísticas, apressam-se a negar aos outros o direito inalienável de pensar, propor e participar deste processo.

Bloqueiam as iniciativas progressistas com discursos desmotivadores, já que eles não têem ideias novas; recorrem-se ao jargão maquiavélico fundado na tacanha retórica historicista e do mito da “pertença comum”, para amedrontar as pessoas do “perigo de perdermos a nossa história” ou parte dela.

É que a actual bandeira nacional, bem como os seus símbolos não perderão a sua historicidade, nem seu valor, muito menos deixarão de fazer parte de nós. Eles são involuntariamente parte de nós e da nossa história. Todavia, achamos nós que o melhor lugar onde estes símbolos deveriam estar agora não seria nos mastros espalhados pelo país fora mas sim NO MUSEU DA REVOLUÇÃO!

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