Cahora Bassa

Está de parabéns Portugal pelo facto de ter, mais uma vez, dado lição de diplomacia ao nosso Governo. Também está de parabéns o Governo ao ter acedido à finta diplomática do Governo de Portugal.

A Barragem de Cahora Bassa está longe de ser nossa, aliás ela jamais será nossa, numa perspectiva de posse efectiva deste empreendimento. Até porque ela sairá aos dentes do crocodilo para cair nas garras de leopardo. Ou seja, depois que o Governo tiver em sua mão o gigante, este procurará o mais cedo possível, outro parceiro para explorá-lo.

Não vejo capacidade financeira do nosso governo de poder pagar todas as dívidas. Mas deixemos isso de lado.

O facto aqui em debate é de questionar a versão oficial do nosso Governo, que lamenta ter sido enganado pelos portugueses, após ter-se firmado o memorando de entendimento sobre a transmissão da Barragem para as nossas mãos. Na verdade, o nosso governo é que foi mais precipitado e aliás distraído.

Temos o Ministério dos Negócios Estrangeiros cuja missão é necessária mente estudar factos diplomáticos e acautelar o nosso Governo sobre os negócios deste com relação aos seus parceiros estrangeiros. Será que estes estavam tão distraidos que não puderam enxergar a grande função da União Europeia nas contas, negócios e despesas dos estados membros?

Será que o governo não podia ir mais além, aquando da assinatura, para questionar ao Governo Português se o negócio teria a sanção da UE?

E se não o fizeram, o que este esperava? Lembrem-se que, ao contrário das nossas organizações de integração económica, a UE não é associação de compadres que se associam para se divertir. É uma organização séria, supraestatal, onde todos estados membros cumprem as suas ordens.
Quo vadis a diplomacia Moçambicana?!

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