Paul Fauvet: o jornalista

O jornalista da AIM e editor dos serviços de inglês da mesma agência reagiu desta maneira a transformação da Praça de Munhava em Praça André Matsangaíssa:
"The Municipal Assembly in the central Mozambican city of Beira on Wednesday voted to name a square in the Beira suburb of Munhava after Andre Matsangaissa, the man whom the illegal regime of Ian Smith, in what was then Rhodesia, appointed as first commander of the force that would eventually become known as Renamo."
Siga a notícia e inglês.
A isso se chama conservadorismo puro. Fauvet, é meticuloso e detalhado quando se refere a Renamo. Nas notícias da sua autoria ou não (pois, às vezes apenas faz a sua tradução para o inglês), há palavras que não devem faltar. " The former rebel movement, Renamo, ou seja, o antigo movimento rebelde, Renamo. O mesmo faz quando se refere a Afonso Dhlakama: the leader of Renamo, the former rebel movement, Afonso Dhlakama. Para Fauvet, a Renamo é aquela, dos anos 70/90; nunca mudou.
Só que o mesmo não o faz quando se refere à Frelimo: pois, é que a Frelimo também foi "the former marxist and leninist party (;antigo partido marxista-leninista) ou mesmo "the party that once turned churches and mosques into curtural centres and classrooms or public halls"(o partido que no passado transformou as igrejas e mesquitas em centros culturais, salas de aula ou salões de eventos).
O passado é para a história recordar e não para instrumentalizar, muito menos induzir o leitor em erro. Fauvet presta um mau serviço à reconciliação do país, à democracia e ao espírito de tolerância política..

Comentários

Laurentina disse…
Já ontem vi um comentário dele acerca do assunto...está pura e simplesmente furibundo ...mudam-se os tempos ...e além disso há que ser políticamente correcto na merda da polítiquisse barata!!

Beijão grande
Egidio Vaz disse…
De facto
chapa100 disse…
eu tambem nao entendo onde a AIM quer chegar com este tipo de jornalismo. mocambicanos residentes no estrangeiros, sempre perguntam se ha paz e reconciliacao porque ainda assistimos jornalismo de guerra? so a AIM pode responder a isso.
Egidio Vaz disse…
Dar a entender que a Renamo é um antigo movimento rebelde 17 anos depois, na verdade não passa de um anacronismo barato.
Anónimo disse…
Fauvet nunca se posicionou contra alguma coisa errada cometida pela Frelimo. Já manifestou a mesma atitude num programa televisivo da TVM sobre o Puder da Frelimo e o papel da Oposição e em pleno debate quase ficou calado, pois os outros participantes o denunciaram.

Parabéns pela observação que fizeste.

Mbuiaesqueva
Egidio Vaz disse…
Obrigado. mas Fauvet precisa de ser desmascarado, principalmente pela forma retrógrada e propagandista que escreve. Análise é uma coisa, mas notícia é outra. Porque cargas de águas vai ele insistir numa coisa que ninguém quer lembrar?
Anónimo disse…
Se aquilo que Fauvet faz não fosse a favor do Poder, já teria sido considerado persona no Grata em Mocambique. Já houve uma discussão sobre este senhor no imensis. Este senhor até manifesta uma atitude guerrilheira ao lado do poder. Manifesta sem pouco de vergonha uma atitude de contra a paz que vivemos. Lembrem-se de ataques que Fauvet faz contra o Dom Jaime. Isto para além daquelas chamadas aos jornais independentes de anti-governamentais.

Portanto, eu concordo definitivamente que há que comecarmos em analisar profundamente a sua maneira de escrever, aquilo que constitui fonte de notícias mocambicanas e confrontá-lo. Pois, no debate do imensis, alguém chegou de afirmar que escreveu para o editor do Allafrica perguntando sobre este tipo de notícias. O editor limitou-se a dizer que recebia isto da AIM.

Mutequia
Anónimo disse…
Inteiramente de acordo com este ponto de vista, não sei o que Fauvet ganha com este atitude incendiária!
Egidio Vaz disse…
Ele não ganha. Fica cada vez mais atrasado. Acho eu. Pois nem a própria Frelimo abandonou esses vocábulos.
luisnhachote disse…
Ao Canal de Mocambique, ja chamou de "anti governmental publication".
Sem muito espanto. o Paul Fauvet ê o quadrado perfeito da AIM.
Egidio Vaz disse…
Essa é boa: quer dizer, os órgãos de informação em moçambique se dividem em dois: Pro Governmental e Anti Governmental Publication.
E ele, de certeza é um "independent journalist" ou "Governmental Journalist"?
Egidio Vaz disse…
De certeza que este não é o problema de idade!
Anónimo disse…
cada vez mais que leio as noticias em Ingles vejo este pormenor e fico irritado ate quando chamaremos eles rebeldes? verdadeira mente me lembro como crianca em Nampula quando Samora viesse ninguem era adimitido em ir a Igreja, tinhamos que ir ao aeroporto recebelo so depois de ele voltar a Maputo entao podiamos ir a Igreja. Esta frelimo tambem tinha que ser former marxist e etc.

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