My advice to Michelle Obama: learn to like the back seat
Quem assim escreve é a esposa do ex primeiro-ministro britânico, Cherie Blair. Num artigo escrito para o The Times britânico, Cherie desdobra-se em conselhos não solicitados a futura Primeira Dama dos Estados Unidos da América, Michelle. Curioso nisto é que ela a Cherie nunca foi primeira-dama de verdade pois, tal estatuto, no Reino Unido, é reservado ao Duque de Edinmburgo, Príncipe Filipe, marido da Rainha Elizabeth II.
Dentre vários conselhos, Cherie diz a Michelle para que saiba asumir um papel secundário, bem como divir o fardo de responsabilidades sem interferir. E remata: saiba que não foi você que foi eleita.
Conversa à parte, o que me levou a realçar esta carta nem foi a Michelle, muito menos a Cherie. Mas a mensagem, que acho que deveria se dirigir acima de tudo àlgumas primeiras-damas de presidentes africanos, que se comportam como autênticas vice-presidentes, a avaliar pela ostentação de poder e luxo por um lado e pouco trabalho, por outro.
1. Na Cimeira da UA que teve lugar em Maputo, houve alguém que convidou as outras primeiras-damas para um chá. Só isso, chá. E foi notícia
2. Na outra, havida algueres no Senegal, uma primeira-dama convidou as outras para estudar formas de influenciar os maridos (note bem, marido) a incluir nas suas agendas governativas, questões ligadas à Sida, Criança e Gênero.
3. Grace Mugabe é das primeiras-damas arficanas que mais compra nesse Mundo. Enqaunto o marido está em conferências, ela não se cansa em escalar boutiques da cidade vistada.
4. Enquanto isso, a esposa de Nicolas Sarkozy, Carla Sarkozy prmove seu álbum nos EUA! Trabalho, é coisa dura mesmo.
Comentários
Lembro-me que, ha relativamente pouco tempo, a nossa primeira-dama era manchete pela sua "ingerencia na politica" e tomada de posiçoes, que deviam ser do companheiro de leito, e que nao agradavam a muitos.
Nessa altura, como o faço agora, questionei-me sobre o papel, atitude e postura que deve ter uma primeira-dama. Se, a imagem da princesa Diana ainda é viva em nossas memorias, creio que este deveria ser um exemplo a seguir: as causas humanitarias.
No entanto, ha aquele ditado "por detras de um grande homem esta uma grande mulher", dai que me questione se o papel uno da primeira-dama sao unica e exclusivamente as causas humanitarias, os chas de salao e se nao ha outras coisitas mais...
Agora terá que se dedicar a outros assuntos, se calhar não mais deverá advogar muito menos fazer o que ela mais gostava de fazer.
Feliz está a Carla Sarkozy, que não deixou de cantar.
Para a Cherie, teve que deixar de julgar casos (é juíza) e muito mais.
Mas, felizmente, a sorte está com a Grace Mugabe, que de secretária passou a compradora compulsiva.
Acho que para os nossos casos, faltam termos de referências claros sobre o tipo de actividades que adstritas a figura da Primeira Dama, bem como o orçamento à elas destinado. Ademais, precisamos também de um quadro que regula o conflito de interesse entre as actividades da primeira-dama e as do Governo como tal.
Soube que parte dos parceiros naturais do Ministério da Mulher e da Acção Social acabaram mudando de preferência, tendo se aliado a Primeira Dama. Hehe. E muito mais
São funções do Gabinete da Esposa do Presidente da República:
Apoiar a Esposa do Chefe de Estado no exercício das suas funções oficiais, decorrentes desta qualidade;
Apoiar a Esposa do Presidente da República na realização de iniciativas de carácter social e cultural que ela decida desenvolver.
O Gabinete da Esposa do Presidente da República é dirigido por um Director de Gabinete.
A organização e funcionamento do Gabinete da Esposa do Presidente da República serão fixados por Regulamento Interno, nos termos do artigo 17 do presente decreto.
Vide:http://www.presidencia.gov.mz/
É ainda pouco, não encontrei ainda uma enumeração por exemplificativa que seja que detalhe as funções oficiais da 1ª dama daí que possa presumir que falamos das recepções a outras 1ºas damas etc etc.
Parece também claro que as actividades que ela pode desenvolver como primeira dama são de de carácter social e cultural que tem igualmente o apoio do gabinete que a sustenta.