Quando eu falo...
A propósito da CNE e do imbróglio criado em torno do apuramento e desqualificação de partidos políticos extraparlamentares.
Ponto prévio: decidi não escrever nada sobre o processo eleitoral ora em curso, apesar de haverem motivos bastantes para tal. O meu otivo pelo não é simples: há neste mometno muita tinta a correr. Todos querem que a sua voz seja ouvida. A campanha já decorre, a bagunça em torno do apuramento está ainda longe de ser esclarecida ou extirpada, os partidos extraparlamentares desdobram-se em corredores da Assembleia da República, CNE e Conselho Constitucional, inclusive em chancelarias, em busca de apoio para a sua inclusão no processo eleitoral.
Eu estou bastante consternado com a situação. É triste para os extraparlamentares, injusto em particular para o MDM e PDD.
Hoje escrevo só para recordar-vos da minha posição em relação a presente CNE, quando na sexta-feira do dia 8 de Junho de 2007 foi constituída.
Num artigo publicado neste blog entitulado a arte de criar fracas instituições, disse:
Esse foi dos posts mais comentados, que teve a participação activa e militante do Professor Elísio Macamo, forçando-me a provar porque eu assim vacticinava. Debalde foi o meu esforço em tentar explicar onde residia a maior fraqueza do grupo. Leiam por favor os comentários e o debate aqui. Na altura, eu já duvidava da competência dos que hoje estão já votando e decidindo quem deverá ocupar a Ponta Vermelha e ocupar grande parte dos lugares no Parlamento logo no princípio da campanha eleitoral!
Agora vou vos deixar com tempo para irem ler outras coisas. Eu calo-me por aqui. Estamos juntos e brevemente chegarei com uma reflexão um pouco mais aprofundada.
Abraços
Comentários
Obrigado por nos recordar os teus vaticinios! Oxala nao te chamem de 'apostolo da desgraca'!
Alguem precisa dizer-te porque o Elisio Macamo forcou-te a provar?
Um abraco patriotico e sucessos,
MA
interessante. o que penso é que torna-se cada vez mais claro que devemos nos bater por instituições fortes, independentes e transparentes. acho que a reflexão deve ser no sentido de sugerirmos um processo que leve ao fortalecimento das nossas instituições.
abraços
O meu livro está para breve.
Um abraço
Sabe qual é a diferença entre um intelectual e um apóstolo da desgraça ? É que o apostolo da desgraça dá tiros no próprio pé, tal como o lambebotas, e acredito que esse não é o teu caso. Acho que uma vez eu disse-te que tu eras um "acelerado" político. Come on Egidio vamos lá caminhar juntos, não nos deixes para trás.
Mais uma vez kanimambo por nos recordar o que já vaticinavas...
Entre um competente sem character e um incompetente com character eu penso que prefiriria o ultimo pois teria coragem e humildade de reconhecer e admitir a sua incompetência. Outra vantagem do incompetente com carácter é que nunca se deixaria “vender”
Competência exige sim as duas coisas. Abraços.
4ª feira iremos perceber as mudanças operadas no CC há alguns meses atrás, retirando aquela equipa que chumbou o presidente vezes sem conta neste mandato... Apesar de tudo espero que esteja errado e que seja reposta a legalidade.
Quanto ao teu post de 2007, está tudo dito...
Infelizmente a história se repete e o ser humano continua o mesmo jumento...A quem beneficia esta confusão toda ??!! Nem 20 anos de paz nos querem deixar "curtir" !! Completamente desnecessário...
Enfim, Pensem Nisso
Tsin Tsi Va (Curto & Grosso)
Olha Egidio, eu axo k os actuais membros da CNE sao muito competentes, tal como disse Saiete mas, com argumentos diferentes.
Sao competentes pork conseguem fazer e muito bem o k os seus chefes kerem, manter o pais polarizado com tendencia ao monopartidario.
Axo k sao competentes pork eles conseguem fazer akilo k pessoas com bom sensu nao seriam capazes de fazer.O facto de conseguirem vir vir ao publico com tom arrogante e sem nenhuma vergonha mesmo sabendo k cometerao tamanha barbaridade contra o poder do povo(democracia).
Sao competentes pork sem muito esforco conseguiram fundar um novo parlamento com uma unica bancada parlamentar, a bancada FRENAMO, em k o seu presidente e o Medico Leopoldo.
Svip
A propósito, como classificamos Alice Mabote, Rupia, S.Moyane, Mia, Serra, Nuno C.Branco,C. Duma, G. Mendes, Conselho Cristão de Moçambique, V. Mondlane, Shirangano, A. Frangules e tantos outros Moçambicanos no execício da cidadania e imparcialidade?
Tenho seguido os ditos do Brazão Mazula por sinal um dos que passaram pela CNE. Infelizmente o sentimeno que tenho deles é da falta da liberdade de actuação da CNE! levanta factos que dão entender que há necessidade de uma mudança radical por que o Caraça se não por criolina tem que ser arrancado para deixar de sugar. Atenção... o pocesso é a "sangui frio".
Fiquei parvo quando O Leopoldo disse que "Não era capaz de promover anarquia e exclusão em nome da Democracia e da Paz"
Tem noção do sacrifício e tolerância que os Moçambicanos tiveram para se alcançar a Paz? para aparecer um punhado de gente dizer que nada pode fazer!
Estou a espera do teu pensar Egídio. "podemos ser diferentes mas não injustos como a exclusão em nome da legalidade"
Os argumentos esgrimidos para justificar o que muitos de nos consideram uma barbariedade para eles são erros (?) imperdoaveis.
Sinceramente, estava a espera de um celeuma maior do que o que se viu na Beira no ano passado aquando da expulsao do filho prodigo da casa do pai.
Como a campanha ja começou e cada galinha vai bicando onde lhe foram deitados os graos de milho, nao vislumbro um bom cenario depois do feriado e nao sou agoirenta!!!
Aliás, os políticos extraparlamentares precisam agora aprender a fazer política cientificamente. Tenho isnistido nisso. Debalde. Quem não submeteu seu recurso no CC não será abrangido pela decisão provavelmente favorável.
O Camarada (ver dicionário de lingua portuguesa) Egídio Vaz no seu último texto quando eu falo, tenta criar em mim uma percepção conclusiva de que já mo tinha alertado em 2007 para o facto de que a recente CNE não ser suficientemente sóbria para levar a cabo um processo de tamanha envergadura.
Mas após re-ler o artigo fico com a sensação de que esse artigo discutia mais do que isso acabando por tocar a questão relacionada a forma, isto é, os critérios como os mesmos foram “escolhidos” me refiro aos membros da CNE sobretudo tendo em conta a imparcialidade reconhecidas das individualidades cujas candidaturas foram reprovadas.
Mas Caro Egídio,
Apesar do teu texto a que te referes vaticinar que as pessoas escolhidas não o tinham sido indicadas por um mecanismo que lhes aumentasse o balanciamento de que elas próprias já não apresentavam segundo uma perspectiva comparativa seguindo o teu raciocínio, ainda assim meu caro, tenho a percepção que existe um paradoxo desse mesmo texto com relação ao seu texto o último recreio onde apontas a evolução do Conselho Constitucional como tendo sido uma fase inicial do fim da brincadeira a política?
Companheiro
Não se coloca a possibilidade de ao conjugarmos os dois textos, e ficarmos com a percepção de que apesar desta CNE não ter sido indicada de forma mais exemplar tendo em conta os requisitos para eleger a sociedade civil, por outro lado os nossos partidos políticos acabaram usando dos ideiais do passado para não cumprirem a lei?
Egídio,
Existe alguma possibilidade desta CNE em algum momento ter cumprido escropulosamente a lei, sem no entanto, como avancei no meu texto ter usado a equidade para evitar que até os a partida derrotados viessem a público reclamar exclusão?
Futurologista Mor
Só para terminar qual seria no seu ponto de vista se é que existe ou possa existir a co-relação entre quando eu falo e o último recreio, a mim me parece que uma conjugação dos dois textos nos ofereceria uma leitura muito mais equilibrada e completa a respeito do presente embróglio político.
Mais não disse....
Não vejo nenhuma contradição em relação aos meus dois últimos textos.
1. Quando eu falei do último recreio dos partidos políticos extraparlamentares fazia-o no estrito entendimento que a democracia precisa de gente laboriosa, como aliás é o meu lema. Nunca o fiz pensando nos malabarismos de instituições.
2. Quando elogiei a atitude do Cosnelho Constitucional, em momento algum estendi este elogio a CNE. Por favor, se acha que não, traga-me a única palavra que ateste o contrário.
3. Portanto, acho mesmo que não tenho mais palavras para continuar a debater sobre a sua tentativa de me levar para o mato.
4. Não posso estabelecer nenhuma correlação entre o último texto e o anterior pelo facto de os dois terem analisado cada um assuntos diferentes. Portanto, um lavrado em 2007, dois anos atras e outro em 2009. E mesmo assim, em 2007 já andava a procura, no mesmo mês que escrevi sobre a CNE, de partidos que na altura dava-os como desaparecidos. E continuam até hoje.
O último recreio é de facto um reflexao inspirada no de 2007 aduzindo a ele, os útlimos eventos, que deixaram os presidenciáveis de lado.
5. Não sou um fora-da-lei como o é a CNE ao ter tomado atitudes dúbias e um comportamento semelhante a faca de cortar-porco.
e. macamo
Obrigado por voltar. Mas em relação ao debate que foi, acho que foi suficientemente claro para que cada um estivesse do lado onde estava. Na altura, o seu interesse era de eu explicar. E expliquei até a exaustão. O que aconteceu foi que simplesmente que o Prof. não concordou com essa explicação, o que lhe é bastante legítimo.
E para terminar, apenas dizer que não vejo porque os avós têm que ser chamados (para uns) e evocados (para o meu caso, que já os perdi) nesta discussão algo extemporânea. O debate aconteceu há dois anos e na altura eu tinha deixado bem claro o meu posicionamento. Se não foi suficientemente claro, a culpa pode ser minha. Mas também na altura o que estava em jogo era satisfazer os seus critérios de debate; algo que não pude conseguir, talvez por causa da minha incompetência argumentativa. Mas estava lúcido no que dizia; daí considerar-me diferente daquele NETO que se limitava a "vaticinar" da queda de chuvas baseando-se no tossir do avô.
Abraços e estamos juntos