Consultórios da Esperança
Há um programa que corre numa das estações de Televisão cá em Maputo e também visto na Beira chamado Testemunho Fé, ligado a uma igreja também bem conhecida. Nele, as pessoas vão dizendo suas histórias de vida, o recorrente antes e depois, cujo fim é bem previsível.
- (Pastor-P): Dona Cecília (nome fictício), conta-nos lá como era a sua vida antes?
-(Dona Cecília-DC): Pastor eu antes não tinha emprego, meu marido sempre me batia, ele bebia sem nunca mais parar, em casa era só doença, não tínhamos dinheiro, tinha xicuembo (maus espíritos)...
- P: E agora, o que a senhora fez (leia-se feizh, pronuncia abrasileirada) para isso acabar (acabá)?
- DC: Pastor um dia fui a Igreja Universal, ai contei tudo ao Pastor, ele me abençoou e agora estou bem, Pastor...
- P: A sua vida mudou?!
- DC: Mudou sim Pastor.!
- P: Como está agora?
- DC: Hiii Pastor, agora o meu marido já não bebe, já tenho emprego, ele também, todas doenças já passaram. Ontem foi meu dia de aniversário e um dos meus amigos veio me oferecer um carro.
- P: Tudo isso foi graças a quem?
- DC: Graças a Deus, Pastor!
- P: Ta vendo, venha também você a nossa Igreja, fica bem pretinho de (Dje) você no teu bairro.
Observação
Essas instituições (igreja universal bem como ma-ziones), porque agem como autenticas clínicas emocionais...não diferem dos curandeiros. O poder destas instituições (curandeiros e igrejas já mencionadas) é inquestionavelmente anestesiante.
E parece-me que em situações de carestia de bens de consumo (sentido lato), essas instituições são mais bem vistas e por isso preferíveis a outras religiões de origem europeia bem como hospitais e clínicas ordinárias.
PS: Para tal, leia: Os desafios da medicina Bernardiana, de Carlos Serra. Perguntem-lhe onde encontrar tal oração de sapiência
- (Pastor-P): Dona Cecília (nome fictício), conta-nos lá como era a sua vida antes?
-(Dona Cecília-DC): Pastor eu antes não tinha emprego, meu marido sempre me batia, ele bebia sem nunca mais parar, em casa era só doença, não tínhamos dinheiro, tinha xicuembo (maus espíritos)...
- P: E agora, o que a senhora fez (leia-se feizh, pronuncia abrasileirada) para isso acabar (acabá)?
- DC: Pastor um dia fui a Igreja Universal, ai contei tudo ao Pastor, ele me abençoou e agora estou bem, Pastor...
- P: A sua vida mudou?!
- DC: Mudou sim Pastor.!
- P: Como está agora?
- DC: Hiii Pastor, agora o meu marido já não bebe, já tenho emprego, ele também, todas doenças já passaram. Ontem foi meu dia de aniversário e um dos meus amigos veio me oferecer um carro.
- P: Tudo isso foi graças a quem?
- DC: Graças a Deus, Pastor!
- P: Ta vendo, venha também você a nossa Igreja, fica bem pretinho de (Dje) você no teu bairro.
Observação
Essas instituições (igreja universal bem como ma-ziones), porque agem como autenticas clínicas emocionais...não diferem dos curandeiros. O poder destas instituições (curandeiros e igrejas já mencionadas) é inquestionavelmente anestesiante.
E parece-me que em situações de carestia de bens de consumo (sentido lato), essas instituições são mais bem vistas e por isso preferíveis a outras religiões de origem europeia bem como hospitais e clínicas ordinárias.
PS: Para tal, leia: Os desafios da medicina Bernardiana, de Carlos Serra. Perguntem-lhe onde encontrar tal oração de sapiência
Comentários
Dos estudos por aqui feitos em tais tipos de igrejas, uma das razoes avançadas é de que os seus actores são na sua maioria pessoas com fraca instrução académica e por isso desempregados ou subempregados. E ai, o que se passa? Haverá razoes adicionais?
Concordo também com a análise que o Celso faz.
Um abraço.
Valeu, Egídio!
ouhttp://www.youtube.com/watch?v=_Wud5vSIQ0I
Na verdade, o comportamento especulador e fanático do Pastor pode confundir as pessoas.
Será a criança tão atenta, ao ponto de descortinar palavras, termos e desenhos que passam de uma forma tão fugaz como aquelas?
Quando vivia no Malawi (1980) uma igreja chamada Bibble believers (crentes da bíblia-como se as outras igrejas não acreditasse)proibia as mulheres de cortar cabelo, alegando que Deus proibia. Os mesmos proibiam seus filhos estudar para além do nível secundário elementar, alegando estarmos nos últimos dias. Só que até aqui, ELE ainda não veio.