As metarfoses Sibindescas
Hoje resolvi trazer um texto escrito em 2004, último mês, pelo actual Presidente do PIMO-Oposição Construtiva, Ya-Qub Sibindy, em reacção aos resultados das eleições que deram vitória à Frelimo e seu candidato, Armando Guebuza. Por uma simples razão. É que se compararmos o discurso daquele, feito em 2004, podemos ver que Ya-Qub fez uma viragem vertiginosa, daquelas de 360 graus. Ao partido que acusava-o de ladrão de votos, hoje é seu grande aliado. Até pude oferecê-lo dinheiro no âmbito do último Congresso tido em Quelimane. Em troca, Ya Qub, foi "Estagiar". Hoje, Ya-Qub marca audiências para agradecer ao Presidente da República, pelo seu empenho no combate à Pobreza Absoluta do País. E processa Dhlakama acusando-o de um belicista nato. Aliás, foi ele quem propôs a purificação de Dhlakama pelas águas da democracia! Eis então, o texto:
O PIMO apela aos políticos e toda a sociedade em geral para não reconhecerem as instituições que advirão desta farsa, por serem ilegítimas e antidemocráticas.
O próprio presidente que se pretende eleito, consciente da sua ilegitimidade, ao invés de procurar investir no programa de acção do governo, preocupar-se-à mais na sua segurança pessoal, por temer o povo que o toma como um simples golpista.
O PIMO fala de cabeça erguida, interpreta a democracia, conhece os seus princípios uiniversais. O PIMO está com a maioria que negou confiar em qualquer partido político para formar governo.
Voltaremos ao povo à busca da razão desta negação. Dirigimo-nos ao povo, intelectuais e a sociedade em geral, para não se deixarem instrumentalizar, por serviços que prestam no aparelho do Estado e/ou terem se beneficiado de bolsas de estudo, algum financiamento ou crédito bancário.
O governo não faz nada mais que a sua obrigação a favor do cidadão. O PIMO não fala como um derrotado. Não fomos derrotados porque o povo não se pronunciou. Ninguém pode outorgar-se como vencedor de uma taça de natação numa piscina sem água, que é o povo. O PIMO não reconhece os resultados ontem divulgados por não dizerem nada ao povo.
O PINO exige que haja um recenseamento de raiz, uma profissionalização do STAE e uma CNE despartidarizada.
O que hoje assistimos é apenas uma vergonha e uma burla ao povo. O STAE é uma burla à opinião pública. A CNE é uma vergonha, não pode decidir a bem do povo, por decidir com o voto da maioria, prende-se ao partido governamental, por isso, não serve os interesses do povo, é uma ponta de lança da Frelimo.
É um segredo aberto que até o próprio presidente da CNE seja um militante do partido Frelimo.
Ya-qub Sibindy – 22 de Dezembro de 2004.
Importe o Jornal em que isso ficou gravado aqui
O próprio presidente que se pretende eleito, consciente da sua ilegitimidade, ao invés de procurar investir no programa de acção do governo, preocupar-se-à mais na sua segurança pessoal, por temer o povo que o toma como um simples golpista.
O PIMO fala de cabeça erguida, interpreta a democracia, conhece os seus princípios uiniversais. O PIMO está com a maioria que negou confiar em qualquer partido político para formar governo.
Voltaremos ao povo à busca da razão desta negação. Dirigimo-nos ao povo, intelectuais e a sociedade em geral, para não se deixarem instrumentalizar, por serviços que prestam no aparelho do Estado e/ou terem se beneficiado de bolsas de estudo, algum financiamento ou crédito bancário.
O governo não faz nada mais que a sua obrigação a favor do cidadão. O PIMO não fala como um derrotado. Não fomos derrotados porque o povo não se pronunciou. Ninguém pode outorgar-se como vencedor de uma taça de natação numa piscina sem água, que é o povo. O PIMO não reconhece os resultados ontem divulgados por não dizerem nada ao povo.
O PINO exige que haja um recenseamento de raiz, uma profissionalização do STAE e uma CNE despartidarizada.
O que hoje assistimos é apenas uma vergonha e uma burla ao povo. O STAE é uma burla à opinião pública. A CNE é uma vergonha, não pode decidir a bem do povo, por decidir com o voto da maioria, prende-se ao partido governamental, por isso, não serve os interesses do povo, é uma ponta de lança da Frelimo.
É um segredo aberto que até o próprio presidente da CNE seja um militante do partido Frelimo.
Ya-qub Sibindy – 22 de Dezembro de 2004.
Importe o Jornal em que isso ficou gravado aqui
Comentários
Estou precisando de uma pequena ajuda sua. Como deve saber, estou fazendo meu doutorado no Chile, terra muito boa para se discutir a América Latina. A disciplina Guerra Fria me passou um trabalho sobre os impactos da Guerra Fria na África. você tem algum material sobre o assunto? Se tiver, por favor, me envie para: contato@marciopimenta.ecn.br
Desde já te agradeço pela ajuda.
Mais uma vez só lamento sermos tão poucos com acesso (e procurando) informação...
Mas enfim, 80% de abstenção nas últimas eleições mostraram claramente que de burro o povo têm pouco.Infelizmente anda PREGUIÇOSO (nova moda do Guebuza) para fazer as coisas mudarem....
Curto e Grosso tenho dito...
Chapa 100: Boa essa, vou apanhar a sua boleia para dizer que Sibindy não vai apanhar nem barata, muito menos conseguirá pintar-se de coelho nos próximos pleitos eleitorais.
Para que isso seja possível, deverá procurar um outro povo moçambicano, se calhar "um eleitorado construtivo" porque esse, ou é da Frelimo, ou da Oposição, ou obsentista, ou mesmo ignorante, no sentido d eque não se rala com a política.