Queixa e linchamento público: a nova estratégia de comunicação da LAMBDA
Serei breve para não fazer publicidade barata. Existe em Moçambique uma organização em formação de defesa daquilo que chamam minoriais sexuais denominada LAMBDA. É uma organização muito atenta, diga-se; atenta à tudo quantos lhe diz respeito.
Têm já um processo submetido ao Ministério da Justiça para a sua legalização e a ministra ainda está por despachar o reconhecimento legal.
Podia ter escrito isto há muito tempo, em 2007. Porém, não aguentei quando vi hoje em três jornais electrónicos, nomeadamente Vertical, Expresso da Tarde e Correio da Manhã uma carta aberta da LAMBDA dirigida a Secretária Executiva do CNCS - Conselho Nacional de Combate a SIDA, Dra Joana Mangueira queixando contra Dr Diogo Milagre (Secretário Executivo Adjunto do CNCS) pelas afirmações proferidas em Inhaminga, aquando da II Conferência Nacional da Juventude. Segundo a LAMBDA, Milagre disse que a "homossexualidade contribui para a disseminação do HIV e Sida", tendo na ocasião apelado para "o combate às relações bissexuais por estas levarem as relações descontroladas" (sic).
Estas afirmações feriram a pessoa (jurídica?) da LAMBDA e constituíram motivo suficiente para queixar a SE do CNCS! Como é de costume, chamou a atitude do Dr Milagre de "estigmatizadora", "marginalizadora", preconceituosa e contribuinte para o incremento do "ódio" contra os homossexuais.
Para terminar, a LAMBDA mostrou-se pronta para colaborar com o CNCS na luta contra a SIDA em Moçambique!
Eis a nova forma de comunicar e fazer advocacia que está a emergir. Atentos à tudo o que lhes diz respeito, a LAMBDA não perde a oportunidade de lixar (e linchar) pessoas seja na praça pública, seja em privado. São bons em redigir cartas abertas ou dirigidas a estruturas superiores, sempre que alguém ousa expressar a sua opinião sobre o homossexualismo em Moçambique, como se o debate fosse da sua inteira e exclusiva competência.
Revelação: Eu próprio fui vítima da nova estratégia de comunicação e advocacia da LAMBDA quando ainda funcionário do DfID Moçambique. Ousei expressar a minha opinião sobre o homossexualismo e disse perante as câmaras da STV que ele era contra a minha crença religiosa e chocava gravemente contra os meus valores tradicionais e culturais!
Bastou para que um tal de Danilo da Silva-o dito representante da LAMBDA em Moçambique-redigisse uma longa carta a representante do DfID Moçambique, num fino inglês, lançando impropérios e inverdades de todo o tipo. Só não o processei judicialmente porque não tive tempo para tal bem como para que não me chamassem de homófobo. A carta despoletou um processo interno que visava aferir a veracidade das alegações do Sr Danilo da Silva bem como avaliar até que ponto o meu pronunciamento teria lesado a imagem da instituição. Esse processo levou 3 longos meses para que no fim saisse a sentença. E ela foi simples: não pus em causa a boa imagem do DfID pois o pronunciamento foi da minha inteira responsabilidade e em nenhum momento falei em nome deste. Que o DfID tem a sua política que respeita a diversidade e que em Moçambique o casamento homossexual não está ligislado; pelo que ainda não tinha ferido nenhuma lei ao pronunciar-me contra casamentos homossexuais, mesmo que esta seja práticada noutros países.
O que faz correr a LAMBDA? Porque a LAMBDA se furta ao debate, preferindo cartas abertas a superiores hierárquicos, sempre que alguém se expressa contra o homossexualismo em Moçambique? Porque a LAMBDA não se engaja em debates de ideias em vez de se dedicarem à frequentes tentativas de ataques pessoais?
Não sou contra a prática do sexo, seja ele de que tipo. Mas quando temas de interesse público como o homossexualismo aparecem à ribalta, por favor, LAMBDA, vamos ao debate de ideias e não queixem, não linchem nem se achem os únicos a habitarem este planeta. Moçambique é habitado por homens e mulheres livres. É dos poucos países onde as pessoas têm o direito de expressar sua opinião mesmo que ela vá contra interesses de alguns. O debate engradece as causas. E não queixinhas e denúncias que em nada ajudam para o sucesso da causa da LAMBDA.
Vamos lá falar!
Comentários
O melhor seria mesmo debater ideias e não tentar elaboracar cartinhas aos superiores, pois corremos o risco de acabarmos todos expulsos ou comprocesos disciplinares.
viva a diferença sem recusa da critica. vamos la falar do homossexualismo em locais proprios e se a pessoa não estiver ligado a um posto de trabalho, como Diogo Milagre ou Egidio Vaz, onde será que o Danilo deixará a carta.
No hospital, Esquadra, igreja ou nos canais televisivos? Precisamos de tantos "Danilos" mais com vontade de debater ideias e não queixinhas.
Talvez seja o momento das hierarquias superiores fazerem a destrinça do trigo e joio para não perder tempo com assuntos que não dizem respeito.
Aconselharia a escreverem as respostas a este novo tipo de fazer poesia. Viva Lambda, este é o simbolo internacional dos "gays" não é propriedade de um tal...
Espero que apenas se discutam ideias e não tendencias sexuais, cada um é livre de se espressar
Abraços
E.
Força ai Vaz
CMatusse
Abraços e vamos ao debate.
E.
A questão é muito mais complexa que procurar atacar violentamente a quem expressa a sua opinião. Se calhar o Diogo tem dados de que se baseou ao expressar-se como fez. Porque o Danilo não o pediu para debate.
Tenho acompanhado, por exemplo, a proposta dos membros da Lambda para a legalizacão de casamentos homossexuais, mas com certeza que eles sabem como isso é complexo em Mocambique. Em Mocambique, um casamento não é apenas uma união entre dois indivíduos...
E, mesmo nos países desenvolvidos e liberais muita coisa sobre o assunto está em discussão e nem é normal numa aldeia.
Obrigado reflectindo.
Abraços.
E.
Com o aparecimento da dupla "La", ficou mais do que evidente que este debate é mais do que necessário. O assunto, sempre polémico, requer coragem se os praticantes, se me permitem o termo, não pretendem ser marginalizados.
Ser homossexual, lesbica ou outras formas afins, não esta estampado na cara de ninguém. O que cada um vive é de sua livre e expontanea vontade, mas isso nao impede que pessoas com certa sensibilidade ou orientação, sobretudo religiosa, engulam a coisa de animo leve.
Eis pois uma ocasiao unica para que todos possamos debater ideias, defender principios e acima de tudo respeitar os outros para que sejamos tambem respeitados e não crucificados.
Um dos problemas que noto nisto é apenas quando a LAMBDA redigiz cartas à entidades patronais, quando os assuntos são de forum pessoal e nada tem haver com a instituição onde o individuo esta vinculado. A continuar assim, isso releva realmente a insegurança que a LAMBDA tem logo à partida e recorre formas de intimidação. Aceitem críticas e só assim saberão se posicionar e colher sensibilidade.
Vejam que agora o SIDA fala-se abertamente e não há problemas de alguém se declarar seropositivo mas isso precisou de muita luta e hoje está vencido o mito. Porque não seguem o exemplo.
Deixem que o homossexualismo seja discutido abertamente e sem medo de represálias.
O La sao uns filhinhos da mama e nos parece que gozam de alguma influencia... com dinheiro... estao entre nos, alguns deles sao nossos boss... pela finuria que dizes que escreveram a carta ao DIFID ao ponto de levantarem um processo, parece que serem inteligentes mas nao tem tomates para darem a cara num debate frente a frente.
Abraco
Mas, ainda assim, as manifestações contra a forma como estes, entanto que minoria, lutam para se fazerem respeitar não é a mais adequada. A melhor forma seria dar a cara.
Lembro-me que este ano houve uma conferencia ou workshop que envolvia pessoas da classe. Quantos mozas deram a cara? Como querem ser reconhecidos se nao defendem frontalmente as suas ideias ou opções?
Acho que mesmo os que se dizem "normais", os heterossexuais, podem escrever uma carta em nome da LAMBDA so para atiçar as massas. Ainda acredito que a frontalidade é a melhor arma.
Quero discordar com a opiniao do Macamo ao defender que a atitude da LAMBDA e chamada de atencao para debate. Nao vejo ate que ponto uma entidade empregadora tem haver com o comportamento sexual dos seus colaboradores. Para mim esta errado que a LAMBDA ataque as pessoas recorrendo a cartas as entidades empregadoras. Quero perceber que se a direccao de tal empresa pensar com pensa o Macamo, certamente o colaborador esta fora da empresa. Eu insisto que a forma de aparecer da LAMBDA esta errada.
Voltarei brevemente.
Espero não me ter atrazado à este debate. serei franco, foi me prestativo com esta postagem (alerta), vou me precaver.
Prof. E. Macamo
Receio não ter compreendido o seu raciocino, "acho bom que interesses existentes na sociedade, por menos abrangentes que sejam, sejam defendidos de forma organizada". encontra alguma organização no acto da LAMBDA?
"são, em última análise, uma proposta de debate" Propõe a quém? ao Egídio ou à organizações da "sociedade Civel"? tendo enconta que que o acto surge em impugnação dos pronunciamentos do Egídio!
Eu sou de opinião que se esta classe está mesmo preocupada com os "possíveis direito" junte a sociedade e coloque as coisas na mesa. Porque assim parece estar atraz dos que opinão contra a posição deles.
Imagine se a mulher vítima da violência doméstica atirasse cartas nas empresas e as empresas se procupassem em responder isto o País parava para resolver essa grande e justa preocupação da sociedade.
Se o Egídio ofender alguém fora da empresa onde labuta esse alguem que o procure em outro forum. quiça até tribunal mesmo.
Abraços
Nos jornais electrónicos de hoje, Milagre nega as afirmações ditas por Danilo da Silva. E agora? É esse debate que queremos? Escrever mentiras para por em causa empregos dos outros?
abracos
Afirmar que as cartas que elaboraram é uma forma de chamar atenção para as preucupações do(a) LAMBDA, é dar uma lufada de ar fresco no ouvido do Danilo. De que forma as cartas chamam atenção as preucupações da LAMBDA?
Quem é que os dará atenção (DFID, CNCS!)ou a Sociedade em geral? a que foi endereçada a carta ao Egidio Vaz como singular, ao Diogo Milagre em representação do CNCS? ou a sociedade em geral como uma chamada de (des)atenção.
Como é que pretendem propor o debate de ideias, vendo o E. Vaz sancionado no DFID, Diogo Milagre enxovalahado no CNCS? Por esta via desorganizada que adoptam mostra claramente que este grupo pode desconhecer dos seus direitos.
Se opinar por vezes não a favor do LAMBDA for visto como atropelo, então eles terão imensas duvidas em começar a debater ideias.
Acho que não existe realmente proposta para debate sem nem eles conseguem enxergar como debater ideias.
Ora vejamos se o Egidio Vaz ou Diogo Milagre (se que realmente proferui) proferissem posições que colocassem o LAMBDA no ceu a que seria enderçada a carta e que tipo de conteudo a mesma teria??
LAMBDA Habituem-se a desbravar ideias.
Um abraço
Rildo
Não concordo. Ok, que a Lambda assim o proceda. Mas se houver dolo, como houve no meu caso e para o Dr Milagre, quais seriam os mecanismos para repor a honra e boa imagem de que tds ns gozamos? Tribunais?
Será que o método das cartas vai funcionar. Em primeiro lugar a LAMBDA terá que contratar pessoas para escreverem cartas contra "atropelos" a si dirigidos.
Por outro lado as instituições devem também reforçar o peesoal, porque se cartas a proporem debates de ideais cairem em grande número nestas instituições deve-se reforçar o pessoal. Será o jogo das cartas mal dirigidas
Professor afirma que (...), acho perfeitamente legítimo que o sr. da organização em formação se dirija à entidade patronal do egídio para saber se ela se reencontra em declarações por ele proferidas.
Tudo bem, qual séria o segundo passo se a instituição do Egidio aceitasse ou recusasse as críticas contra Egidio. Qual a finalidade do Danilo ao dirigir a carta a entidade patronal.
Será que esta a pedir ao DFID que patrocine um debate de ideias ou convide Egidio a sentar-se com eles ou escrever mais artigos sobre a matéria...
Escrever cartas dirigidas aos pronunciamentos das pessoas pode ser exercicio da democracia, mas a carta do Danilo é mesmo "fofoca democrática"
Rildo Rafael
O que na verdade a lambda deve fazer é aguarda pelo reconhecimento da sua organização, procurar alianças institucionais advogar por tudo o que quer. Mesmo assim, não se furtará ao debate.
Parlamento está aí a funcionar: a comissão de petições também existe. Porque não ir por ai, em vez de molestar pessoas singualres, so porque não concordamos com uma ou outra coisa? Pior, quando o emprego é que está em causa!
Esta bem claro que a formula do LAMBDA é simples procurar prejudicar os visados. tenho muitas reservas sobre este método.
A ideias deles em nenhum momento é ver Egidio promovido ou ainda propor um debate. Como se manifestariam se as cartas deste tipo dessem em despedimentos ou ruptura de contratos
"apanhamos bem o tipo" ele que não se mete conosco... ai daquele que voltar a falar vamos escrever aos boss dele" Portanto, isto só daria azo a um "ciclo vicioso"
Mesmo agora que o procedimento é ou foi este, que debate dos seus interesses suscitou" podem responder bem agora no blogue já se escreve sobre este assunto:
Mas se Egidio e Diogo Milagre não ousassem em responder as ditas cartas nos jornais ou blogues?
abraços
Rildo Rafael
caro rildo, não tinha visto a sua intervenção. não concordo consigo. acho que exagera na caricatura que faz da acção da lambda, apesar de eu não saber bem o que ela tem feito. os únicos dados que tenho são os dois episódios relatados pelo egídio; parecem-me demasiado anedóticos para servirem de base para as conclusões que tira. o debate que a lambda parece estar a propor é de obrigar as instituições a se posicionarem em relação a certos pronunciamentos. acho, repito, sintomático que o sr. milagre na sua resposta tenha negado ter dito o que lhe foi atribuído pelo representante da lambda. e isso é vitória moral para a organiza1ão. abraços
Se o Procurador aparece a dizer que está a favor da corrupção etc.
Aqui ao envez de julgarmos a ele como o Milagre pretende fazer com a institucionalização de ideias singulares, procurariamos ver se o "vício é de mérito ou de inlegalidade"
Estamos a dizer que o Procurador pode até estar afavor do crime e proferir palavras tendentes a isso, não o julguemos se não há acção criminosa nisso, quando muito procuraremos colocar as nossas palavras contra as dele só.
É por isso que a razão que o Prof. oferece ao Milagre é a parentemente lógico mas não encontra fundamento porque não conhecemos nenhuma instiuição que interdita ideias contra a sua missão (talvez acções)
Macamou, não é nada institucional um Sindicalista opinar (não como porta voz) a favor do patronato. pelo que se alguem é contra, dirija se a ele não ao sindicato como instituição!
Obrigado
estou contigo no concernente à necessidade de todos termos o direito de defender os interesses dos demais e variados grupos em que nos inserimos. eu pessoalmente advogo o direito dos muçulmanos terem um feriado islâmico (mas ainda vamos voltar à carga, e não há melhor altura do que o próximo ano para exigir esse direito). todavia, já não estamos juntos quanto aos métodos que alguns utilizam para fazerem valer os seus direitos. aliás, o danilo (pessoa com que já privei em várias festas) tem esse hábito de "jogar sujo". avanço, antes que seja suspeito, que tenho vários amigos gays e lésbicas e uma delas é como que família para mim. outros são abertos no sentido de discutir honestamente e outros como o danilo não. costumo dizer: que não é possível a água não ficar molhada, ie, se quer aparecer em público para reclamar seja o que for, prepare-se para ouvir vozes e opiniões contra. agora, entendo que uma uma figura pública trilha uma linha tênue (público/privado),mas já fico muito preocupado quando se escreve uma carta para a minha boss sobre algo que eu tenha dito, ao invés de se me abordar directamente ou interpelar as minhas ideias. o que o danilo faz, é de alguma forma tentar coarctar o direito que os outros têem de se exprimir - pelo menos essa é a mensagem que subjaz à sua acção. nos vários debates em que o danilo participou, mostrou que não está preocupado em ouvir o que os outros dizem. acho que não é por acaso que recorre às instâncias superiores. imagine, se o déssemos uma colher do seu medicamento e fôssemos ter com o seu chefe sobre a sua sexualidade, e este achasse que devido aos seus direitos (suponhamos, religiosos) não o quer lá!!!! seria uma injustiça, pois não? o mais importante para mim é que dentro da estrutura do direito, saibamos viver e respeitar os direitos que os outros têem.
agora, não entendi o que quer dizer com "acho, repito, sintomático que o sr. milagre na sua resposta tenha negado ter dito o que lhe foi atribuído pelo representante da lambda." não entendo mesmo. conheço o diogo e como eu, é activista dos direitos humanos, custa-me a crer que tenha dito o que lhe é imputado. ademais, quando isso se deu procurei falar com ele e de facto nega que tenha feito essas afirmações, como não há nada gravado e nem há notas, dou-lhe o benefício da dúvida. infelizmente, chega-me aos ouvidos que o repórter da aim que fez a notícia foi sancionado - quem não comete erros? mas de facto não entendo porquê diz que a resposta é sintomática...
abraços
desta vez é apenas uma peguntinha que me saltara no outro comentário. de facto essa coisa de direitos é interessante. vamos supor que após escreveres uma crítica aos doadores (como normalmente fazes e bem), o bom do embaixador alemão escreva uma carta ao chancellor da universidade de bayreuth a questionar se concorda com a tua posição (que é contrária à política germânica)!!!! penso que mesmo se o exercício intelectual que fosse desencadeado para apurar os factos (sejam lá eles o que forem) fosse apetecível, mas talvez não gostasse da interferência política. já agora, num contexto de advogacia, não devemos separar a política da advogacia? será que a posição hipotética do embaixador alemão não seria visto como um acto político?
abraços
Essa é a estratégia de comunicação. Aproximarem-se das instituições à custa dos outros; à custa do desemprego dos outros. No meu caso não foi. Nem no do Dr. Milagre. Mas o jornalista da AIM está ai quase que empacotado, a fazer coisas q n gosta.
Veja que ele foi rechaçado para uns serviços de apoio!
Será que o que professor defende é exactamente isso? Não olhar os meios para se atingir os fins? Claro que não. Será que não tinha sido claro? Independentemente do sim ou do não, sou contra a mania de se amordaçar as liberdades individuais, das quais a de ter uma opinião e e expressá-la, quando o interesse nacional está em causa. E legalizar a prática homossexual, admitir casamentos homossexuais mexe muito com a constituição, com os nossos usos e costumes, com a moral religiosa e pública, etc. e acho que neste acaso, ninguém tem o direito de mandar calar alguém com cartas a entidades patronais. A próxima que me fizerem eu irei processá-los, se não for agora.
Abraços.
acho bom separar os méritos de uma questão dos méritos das pessoas que estão envolvidas nessa questão. o teu posicionamento começa a ficar claro a partir do que dizes no último parágrafo do teu último comentário: incomoda-te a própria ideia de homossexualidade (até ao ponto de falares de um interesse nacional que está em causa), o que é teu direito legítimo, mas isso impede-te também de analisares o assunto com a frieza necessária. penso que podes aceitar o princípio que torna plausível e legítima a atitude da lambda sem teres, em virtude disso, que mudar a tua opinião sobre a homossexualidade. pessoalmente, não estaria a favor da legalização do casamento homossexual no nosso país, mas isso não me obriga a condenar a defesa dos interesses daqueles que têm essa orientação sexual. os argumentos que tu e outros estão a utilizar aqui são os mesmos que políticos astutos podem utilizar para limitar as liberdades de qualquer um de nós. nesse ponto eu, pelo menos, não faço nenhum compromisso. há um problema grave de coerência na nossa abordagem. condenemos a mentira, a citação fora do contexto e o oportunimo; mas não limitemos o direito de as pessoas defenderem os seus interesses só porque não concordamos com a sua causa. abraços!
"não limitar o direito de as pessoas defenderem os seus interesses só porque não concordamos com a sua causa".
sinto me obrigado a concordar com a sua posição. Mas eu continuo a julgar legítima a posiçõ do lambda considerando a sua posição se essas revindicações não estivessem munidos de interesses ocultos e contida de mentiras e citações fora do contexto e acima de tudo oportunismo.
Veja que no julgamento do caso BCM aprendi muito, há pessoas que fora de responder as questões que o Paulino colocava tentavam abrir outros processos e isso tirava o mérito de toda a possível verdade que atens ou depois diziam.
Portanto, este fulano perde a legitimidade nas suas acções exatamente aí.
abraço Prof.
adorei a questao colocada acima, quem mentiu, a lambda ou o jornalista? A maioria das pessoas aqui se esqueceram ou fingem esquecer a questao principal: houve uma noticia veiculada por um orgao oficial, a pessoa a quem as palavras foram atribuidas veio a publico defender-se e fê-lo bem, usando dos mesmos meios que a Lambda.o resto meus caros são apenas opiniões baseadas em preconceitos e intolerancia. Acham legitimo que nos calemos perante a possibilidade de sermos conotados com a maior epidemia do século, mas se amanha alguem aparecer a afirmar que os negros, ou os amarelos sao o principal grupo responsavel por tal coisa, muitos dos que aqui se manifestaram não se calariam.
só nao sei se escreveriam cartas abertas como nós o fizemos ou se marchariam nas principais avenidas da cidade, ou se comprariam tempo de antena nas principais televisoes. enfim de uma coisa tenho a certeza, não se calariam.
só para terminar queria deixar aqui um excerto do discurso mais emocionante dos últimos tempos:"Olá, Chicago! Se alguém aí ainda dúvida de que os Estados Unidos são um lugar onde tudo é possível, que ainda se pergunta se o sonho de nossos fundadores continua vivo em nossos tempos, que ainda questiona a força de nossa democracia, esta noite é sua resposta.
É a resposta dada pelas filas que se estenderam ao redor de escolas e igrejas em um número como esta nação jamais viu, pelas pessoas que esperaram três ou quatro horas, muitas delas pela primeira vez em suas vidas, porque achavam que desta vez tinha que ser diferente e que suas vozes poderiam fazer esta diferença.
É a resposta pronunciada por jovens e idosos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, indígenas, homossexuais, heterossexuais, incapacitados ou não-incapacitados.
Barack Obama
Este homem fez chorar multidoes em todo o mundo com estas palavras, OH YES WE CAN, nós podemos as mudar coisas.para os que acima disseram que não nos mostramos aqui fica o meu nome
Dário Caetano de Sousa
2.A minha qyuestão aqui foi sempre a mesma. Nunca estive contra qualquer pessoa. Porém, questionei os métodos usados por uma organização - que podia também ser de Antigos Combatentes da luta de libertação nacinal ao decidir escrever cartas dirigidas apenas por causa de opiniões individuais (um direito assitido a todos) sobre um determinado tema.
Se quisermos debater vamos por ai. O resto é acusação, coisa a que estou há muito acostumado. Cresci a ser acusado disto ou daquilo. Porém a verdade sempre mostrou que o único mal meu foi de andar a insistir em não ser conveniente.
Abraços ao debate. Sincero.
Cumprimentos,
Leopoldo de Amaral