Queixa e linchamento público: a nova estratégia de comunicação da LAMBDA

Serei breve para não fazer publicidade barata. Existe em Moçambique uma organização em formação de defesa daquilo que chamam  minoriais sexuais denominada LAMBDA. É uma organização muito atenta, diga-se; atenta à tudo quantos lhe diz respeito.
Têm já um processo submetido ao Ministério da Justiça para a sua legalização e a ministra ainda está por despachar o reconhecimento legal.
Podia ter escrito isto há muito tempo, em 2007. Porém, não aguentei quando vi hoje em três jornais electrónicos, nomeadamente Vertical, Expresso da Tarde e Correio da Manhã uma carta aberta da LAMBDA dirigida a Secretária Executiva do CNCS - Conselho Nacional de Combate a SIDA, Dra Joana Mangueira queixando contra Dr Diogo Milagre (Secretário Executivo Adjunto do CNCS) pelas afirmações proferidas em Inhaminga, aquando da II Conferência Nacional da Juventude. Segundo a LAMBDA, Milagre disse que a "homossexualidade contribui para a disseminação do HIV e Sida", tendo na ocasião apelado para "o combate às relações bissexuais por estas levarem as relações descontroladas" (sic).

Estas afirmações feriram a pessoa (jurídica?) da LAMBDA e constituíram motivo suficiente para queixar a SE do CNCS! Como é de costume, chamou a atitude do Dr Milagre de "estigmatizadora", "marginalizadora", preconceituosa e contribuinte para o incremento do "ódio" contra os homossexuais.
Para terminar, a LAMBDA mostrou-se pronta para colaborar com o CNCS na luta contra a SIDA em Moçambique!
Eis a nova forma de comunicar e fazer advocacia que está a emergir. Atentos à tudo o que lhes diz respeito, a LAMBDA não perde a oportunidade de lixar (e linchar) pessoas seja na praça pública, seja em privado. São bons em redigir cartas abertas ou dirigidas a estruturas superiores, sempre que alguém ousa expressar a sua opinião sobre o homossexualismo em Moçambique, como se o debate fosse da sua inteira e exclusiva competência.
Revelação: Eu próprio fui vítima da nova estratégia de comunicação e advocacia da LAMBDA quando ainda funcionário do DfID Moçambique. Ousei expressar a minha opinião sobre o homossexualismo e disse perante as câmaras da STV que ele era contra a minha crença religiosa e chocava gravemente contra os meus valores tradicionais e culturais! 
Bastou para que um tal de Danilo da Silva-o dito representante da LAMBDA em Moçambique-redigisse uma longa carta a representante do DfID Moçambique, num fino inglês, lançando impropérios e inverdades de todo o tipo. Só não o processei judicialmente porque não tive tempo para tal bem como para que não me chamassem de homófobo. A carta despoletou um processo interno que visava aferir a veracidade das alegações do Sr Danilo da Silva bem como avaliar até que ponto o meu pronunciamento teria lesado a imagem da instituição. Esse processo levou 3 longos meses para que no fim saisse a sentença. E ela foi simples: não pus em causa a boa imagem do DfID pois o pronunciamento foi da minha inteira responsabilidade e em nenhum momento falei em nome deste. Que o DfID tem a sua política que respeita a diversidade e que em Moçambique o casamento homossexual não está ligislado; pelo que ainda não tinha ferido nenhuma lei ao pronunciar-me contra casamentos homossexuais, mesmo que esta seja práticada noutros países.
O que faz correr a LAMBDA? Porque a LAMBDA se furta ao debate, preferindo cartas abertas a superiores hierárquicos, sempre que alguém se expressa contra o homossexualismo em Moçambique? Porque a LAMBDA não se engaja em debates de ideias em vez de se dedicarem à frequentes tentativas de ataques pessoais?
Não sou contra a prática do sexo, seja ele de que tipo. Mas quando temas de interesse público como o homossexualismo aparecem à ribalta, por favor, LAMBDA, vamos ao debate de ideias e não queixem, não linchem nem se achem os únicos a habitarem este planeta. Moçambique é habitado por homens e mulheres livres. É dos poucos países onde as pessoas têm o direito de expressar sua opinião mesmo que ela vá contra interesses de alguns. O debate  engradece as causas. E não queixinhas e denúncias que em nada ajudam para o sucesso da causa da LAMBDA. 
Vamos lá falar!

Comentários

Anónimo disse…
Concordo Egidio
O melhor seria mesmo debater ideias e não tentar elaboracar cartinhas aos superiores, pois corremos o risco de acabarmos todos expulsos ou comprocesos disciplinares.

viva a diferença sem recusa da critica. vamos la falar do homossexualismo em locais proprios e se a pessoa não estiver ligado a um posto de trabalho, como Diogo Milagre ou Egidio Vaz, onde será que o Danilo deixará a carta.

No hospital, Esquadra, igreja ou nos canais televisivos? Precisamos de tantos "Danilos" mais com vontade de debater ideias e não queixinhas.

Talvez seja o momento das hierarquias superiores fazerem a destrinça do trigo e joio para não perder tempo com assuntos que não dizem respeito.

Aconselharia a escreverem as respostas a este novo tipo de fazer poesia. Viva Lambda, este é o simbolo internacional dos "gays" não é propriedade de um tal...

Espero que apenas se discutam ideias e não tendencias sexuais, cada um é livre de se espressar

Abraços
Egidio Vaz disse…
Obrigado Rildo. Abraços a sensatez e debate de IDEIAS.
E.
Anónimo disse…
Seria realmente interessante um debate de ideias a sério sobre o homossexualismo. Não sou extremista, mas acredito que ainda é muito cedo para as "LAMBDAS" em Moçambique. Até que para o bem da tal de organização, antes de se firmar podia criar um debate para avaliar a pertinência dos objectivos que defende. Agora, Há que ver primeiro: se o Dr. Diogo pronunciou-se em nome do CNCS ou a título pessoal; Segundo se reamente feriu-se a LAMBDA (inxistentes até aqui) ou não e na pessa que quem. Não se pode linchar - como o dizes - nomes de pessoas por caprichos pessoais de um tal de Danilo.

Força ai Vaz

CMatusse
Egidio Vaz disse…
Obrigado Matusse.
Abraços e vamos ao debate.
E.
Reflectindo disse…
É apenas um mau método de recusar o debate.

A questão é muito mais complexa que procurar atacar violentamente a quem expressa a sua opinião. Se calhar o Diogo tem dados de que se baseou ao expressar-se como fez. Porque o Danilo não o pediu para debate.

Tenho acompanhado, por exemplo, a proposta dos membros da Lambda para a legalizacão de casamentos homossexuais, mas com certeza que eles sabem como isso é complexo em Mocambique. Em Mocambique, um casamento não é apenas uma união entre dois indivíduos...

E, mesmo nos países desenvolvidos e liberais muita coisa sobre o assunto está em discussão e nem é normal numa aldeia.
Egidio Vaz disse…
Tenho a certeza q Danilo está a ver este debate. Só espero que não nos esponha de novo, como tem sido a sua estratégia, hehe.
Obrigado reflectindo.
Abraços.
E.
Ximbitane disse…
Caro Egidio, estimei muito este artigo pois, assim espero, é uma porta aberta para a discussão de ideias. Em pesquisas já me deparei com o LAMBDA e, pelo que pude notar, o Danilo é o unico que dá a cara, ou nome, como queiramos.

Com o aparecimento da dupla "La", ficou mais do que evidente que este debate é mais do que necessário. O assunto, sempre polémico, requer coragem se os praticantes, se me permitem o termo, não pretendem ser marginalizados.

Ser homossexual, lesbica ou outras formas afins, não esta estampado na cara de ninguém. O que cada um vive é de sua livre e expontanea vontade, mas isso nao impede que pessoas com certa sensibilidade ou orientação, sobretudo religiosa, engulam a coisa de animo leve.

Eis pois uma ocasiao unica para que todos possamos debater ideias, defender principios e acima de tudo respeitar os outros para que sejamos tambem respeitados e não crucificados.
Anónimo disse…
Caro Egidio

Um dos problemas que noto nisto é apenas quando a LAMBDA redigiz cartas à entidades patronais, quando os assuntos são de forum pessoal e nada tem haver com a instituição onde o individuo esta vinculado. A continuar assim, isso releva realmente a insegurança que a LAMBDA tem logo à partida e recorre formas de intimidação. Aceitem críticas e só assim saberão se posicionar e colher sensibilidade.

Vejam que agora o SIDA fala-se abertamente e não há problemas de alguém se declarar seropositivo mas isso precisou de muita luta e hoje está vencido o mito. Porque não seguem o exemplo.

Deixem que o homossexualismo seja discutido abertamente e sem medo de represálias.
Anónimo disse…
Caro Egidio,
O La sao uns filhinhos da mama e nos parece que gozam de alguma influencia... com dinheiro... estao entre nos, alguns deles sao nossos boss... pela finuria que dizes que escreveram a carta ao DIFID ao ponto de levantarem um processo, parece que serem inteligentes mas nao tem tomates para darem a cara num debate frente a frente.
Abraco
Elísio Macamo disse…
caro egídio, não sei se concordo com a tónica da postagem e dos comentários aqui apresentados. acho bom que interesses existentes na sociedade, por menos abrangentes que sejam, sejam defendidos de forma organizada. as cartas que se escrevem são uma forma de chamar a atenção para as preocupações desse grupo. são, em última análise, uma proposta de debate. esse grupo não está a utilisar a sua autoridade académica ou de qualquer outra espécie para reclamar espaço na sociedade. está simplesmente a defender os seus direitos. isso é independente do que o resto da sociedade pensa sobre esses interesses. quanto mais forem os interesses organizados no país, melhor para todos nós, desde o momento que reconheçamos a necessidade de debatermos. não vejo como é que as acções deste grupo limitam o debate. abraços
Ximbitane disse…
A opinião do Elisio Macamo é importante para que nós, comentadores, possamos tomar uma postura de "não agressão" ao grupo/organização em referência.

Mas, ainda assim, as manifestações contra a forma como estes, entanto que minoria, lutam para se fazerem respeitar não é a mais adequada. A melhor forma seria dar a cara.

Lembro-me que este ano houve uma conferencia ou workshop que envolvia pessoas da classe. Quantos mozas deram a cara? Como querem ser reconhecidos se nao defendem frontalmente as suas ideias ou opções?

Acho que mesmo os que se dizem "normais", os heterossexuais, podem escrever uma carta em nome da LAMBDA so para atiçar as massas. Ainda acredito que a frontalidade é a melhor arma.
Anónimo disse…
Caro Egidio

Quero discordar com a opiniao do Macamo ao defender que a atitude da LAMBDA e chamada de atencao para debate. Nao vejo ate que ponto uma entidade empregadora tem haver com o comportamento sexual dos seus colaboradores. Para mim esta errado que a LAMBDA ataque as pessoas recorrendo a cartas as entidades empregadoras. Quero perceber que se a direccao de tal empresa pensar com pensa o Macamo, certamente o colaborador esta fora da empresa. Eu insisto que a forma de aparecer da LAMBDA esta errada.
Egidio Vaz disse…
Prof Macamo, as suas palavras estão teoricamente muito bem escritas e ditas. Porém. Porém a verdade é que os articulistas não o fazem para debater, nem para defender seus direitos. Fazem-no isso sim para (1) limitar o debate ao puxá-lo para ângulos que nada têm a ver com o cerne da questão. Em Moçambique não está em debate o homossexualismo em si. Está sim em debate o que a LAMBDA deseja para o s homossexuais: que se lhe sejam reconhecidos os direitos ao casamento por exemplo. E isso passaria pelo Parlamento; por uma emenda constitucional, etc. E é isto que eles não debatem.
Voltarei brevemente.
Unknown disse…
caro Egídio

Espero não me ter atrazado à este debate. serei franco, foi me prestativo com esta postagem (alerta), vou me precaver.

Prof. E. Macamo

Receio não ter compreendido o seu raciocino, "acho bom que interesses existentes na sociedade, por menos abrangentes que sejam, sejam defendidos de forma organizada". encontra alguma organização no acto da LAMBDA?

"são, em última análise, uma proposta de debate" Propõe a quém? ao Egídio ou à organizações da "sociedade Civel"? tendo enconta que que o acto surge em impugnação dos pronunciamentos do Egídio!

Eu sou de opinião que se esta classe está mesmo preocupada com os "possíveis direito" junte a sociedade e coloque as coisas na mesa. Porque assim parece estar atraz dos que opinão contra a posição deles.

Imagine se a mulher vítima da violência doméstica atirasse cartas nas empresas e as empresas se procupassem em responder isto o País parava para resolver essa grande e justa preocupação da sociedade.

Se o Egídio ofender alguém fora da empresa onde labuta esse alguem que o procure em outro forum. quiça até tribunal mesmo.

Abraços
Egidio Vaz disse…
Obrigado Chacate.
Nos jornais electrónicos de hoje, Milagre nega as afirmações ditas por Danilo da Silva. E agora? É esse debate que queremos? Escrever mentiras para por em causa empregos dos outros?
Anónimo disse…
Releiem o minha ultima intervencao. A forma com que a LAMBDA procurou para aparecer esta errada.

abracos
Anónimo disse…
Caro Prof. Macamo

Afirmar que as cartas que elaboraram é uma forma de chamar atenção para as preucupações do(a) LAMBDA, é dar uma lufada de ar fresco no ouvido do Danilo. De que forma as cartas chamam atenção as preucupações da LAMBDA?

Quem é que os dará atenção (DFID, CNCS!)ou a Sociedade em geral? a que foi endereçada a carta ao Egidio Vaz como singular, ao Diogo Milagre em representação do CNCS? ou a sociedade em geral como uma chamada de (des)atenção.

Como é que pretendem propor o debate de ideias, vendo o E. Vaz sancionado no DFID, Diogo Milagre enxovalahado no CNCS? Por esta via desorganizada que adoptam mostra claramente que este grupo pode desconhecer dos seus direitos.

Se opinar por vezes não a favor do LAMBDA for visto como atropelo, então eles terão imensas duvidas em começar a debater ideias.

Acho que não existe realmente proposta para debate sem nem eles conseguem enxergar como debater ideias.

Ora vejamos se o Egidio Vaz ou Diogo Milagre (se que realmente proferui) proferissem posições que colocassem o LAMBDA no ceu a que seria enderçada a carta e que tipo de conteudo a mesma teria??

LAMBDA Habituem-se a desbravar ideias.

Um abraço

Rildo
Elísio Macamo disse…
caros compatriotas, acho que é importante separar as questões para melhor debate. escrever cartas a dizer mentiras não é correcto, nem é contribuição para o debate. escrever cartas a expor preocupações legítimas é importante, é exercício de democracia e cidadania, é também um convite ao debate. acho perfeitamente legítimo que o sr. da organização em formação se dirija à entidade patronal do egídio para saber se ela se reencontra em declarações por ele proferidas e que essa organização considera lesar as suas sensibilidades. felizmente para o bom bom-senso, e para o egídio, a dfid achou que não havia matéria para prosseguir com o caso. o debate de ideias é isto mesmo. pelo menos a julgar pelo relato feito nesta postagem, o que esse indivíduo fez foi simplesmente procurar saber se as instituições que empregam as pessoas que disseram coisas pouco abonatórias dos interesses defendidos pela lambda (com ou sem razão) se identificam com elas. é este princípio, por exemplo, que devia também vingar para que o governo de moçambique se distanciasse do colunista do domingo que semana após semana escreve coisas que desonram o estado moçambicano, tendo atingido o cúmulo com aquelas críticas nojentas feitas a machado da graça. refiro-me a kandiyane wa matuva. não percebo o vosso sentido de tolerância. não precisam de estar de acordo com a lambda, mas recusar-lhe o direito de intervir em defesa dos seus interesses parece-me pior do que ele está a fazer.
Egidio Vaz disse…
Prof falou muito bem. Mas estar sempre atento ao que digo sobre várias matérias para andar mandar cartas a minha entidade patronal... não me parece ser bom hábito. Roça um pouco à fofoca (mexerico) do que própriamente busca pela defesa de interesses (e não direitos). Direito a expressão temos todos nós. E em caso de abuso desse direito, existem instituições de justiça. Pelo menos é assim, que concebo. Imagine que hoje fale de Dhlakama, amanhã Mazanga vem ao meu serviço procurar saber se a minha instituição concorda comigo. Amanhã falo dos Mestrados da UEM, na quinta-feira vem Raimundo Chambe saber se conocrdam ou não. Na quarta comento sobre a revolução verde e não se se virá a PRM ou SIZE asber onde trabalho ou buscar-me de noite para interrogações sobre o conteúdo das minhas afirmações...
Não concordo. Ok, que a Lambda assim o proceda. Mas se houver dolo, como houve no meu caso e para o Dr Milagre, quais seriam os mecanismos para repor a honra e boa imagem de que tds ns gozamos? Tribunais?
Anónimo disse…
Caro Professor Macamo

Será que o método das cartas vai funcionar. Em primeiro lugar a LAMBDA terá que contratar pessoas para escreverem cartas contra "atropelos" a si dirigidos.

Por outro lado as instituições devem também reforçar o peesoal, porque se cartas a proporem debates de ideais cairem em grande número nestas instituições deve-se reforçar o pessoal. Será o jogo das cartas mal dirigidas

Professor afirma que (...), acho perfeitamente legítimo que o sr. da organização em formação se dirija à entidade patronal do egídio para saber se ela se reencontra em declarações por ele proferidas.

Tudo bem, qual séria o segundo passo se a instituição do Egidio aceitasse ou recusasse as críticas contra Egidio. Qual a finalidade do Danilo ao dirigir a carta a entidade patronal.

Será que esta a pedir ao DFID que patrocine um debate de ideias ou convide Egidio a sentar-se com eles ou escrever mais artigos sobre a matéria...

Escrever cartas dirigidas aos pronunciamentos das pessoas pode ser exercicio da democracia, mas a carta do Danilo é mesmo "fofoca democrática"

Rildo Rafael
Elísio Macamo disse…
caro egídio, também acharia estranho, e irritante, se alguém prestasse atenção doentia ao que digo para depois reclamar junto da minha entidade patronal. contudo, creio que esse não é o caso, tanto mais que não é contra a tua pessoa ou contra a pessoa do sr. milagre, mas sim contra vocês enquanto representantes de instituições públicas. nesse caso, é legítimo que uma organização (em formação ou não) se pronuncie publicamente e exija distanciamento caso, de facto, tenha havido pronunciamentos pejorativos. o facto de o sr. milagre negar ter dito isso já constitui vitória moral para a lambda. deixo para os juristas a questão de saber o que os tribunais diriam. tudo depende da maneira como essas cartas são formuladas e que meios são usados para as difundir. dizer que "egídio é homófobo" é diferente de dizer que "as declarações de egídio são homófobas" ou mesmo de dizer que "as declarações de egídio levam-me a concluir que ele é homófobo". que estratégias é que aconselharias à lambda para divulgar e defender os seus interesses? pressionar o parlamento? o governo?
Egidio Vaz disse…
Sim, o que acontece é que sempre que me pronunciei em público fí-lo por minha conta e risco pondo claro que se tratava da minha opinião. Portanto, sempre achei estranho que caissem cartas e cartas para minha instituição, dado a clareza da minha posição.
O que na verdade a lambda deve fazer é aguarda pelo reconhecimento da sua organização, procurar alianças institucionais advogar por tudo o que quer. Mesmo assim, não se furtará ao debate.
Parlamento está aí a funcionar: a comissão de petições também existe. Porque não ir por ai, em vez de molestar pessoas singualres, so porque não concordamos com uma ou outra coisa? Pior, quando o emprego é que está em causa!
Anónimo disse…
Caros compatriotas
Esta bem claro que a formula do LAMBDA é simples procurar prejudicar os visados. tenho muitas reservas sobre este método.

A ideias deles em nenhum momento é ver Egidio promovido ou ainda propor um debate. Como se manifestariam se as cartas deste tipo dessem em despedimentos ou ruptura de contratos

"apanhamos bem o tipo" ele que não se mete conosco... ai daquele que voltar a falar vamos escrever aos boss dele" Portanto, isto só daria azo a um "ciclo vicioso"

Mesmo agora que o procedimento é ou foi este, que debate dos seus interesses suscitou" podem responder bem agora no blogue já se escreve sobre este assunto:

Mas se Egidio e Diogo Milagre não ousassem em responder as ditas cartas nos jornais ou blogues?

abraços
Rildo Rafael
Elísio Macamo disse…
caro egídio, há duas coisas que queres separar, mas que me parecem difíceis de separar. concordo contigo que é complicado convocar a tua instituição quando tornas claro que falas em teu nome privado. todavia, dado o carácter do trabalho que essa instituição faz, os teus pronunciamentos privados em público são de interesse. imagina o nosso procurador da república dizer, em nome privado, que é a favor da corrupção! imagina, simplesmente, um procurador qualquer dizer isso? portanto, tenho simpatia por ti pelas perseguições de que te sentes vítima, mas a separação que tentas fazer não me parece convincente. também o que dizes em relação à organização esperar pela legalização para se pronunciar não me parece correcta; esta interpelação pública de figuras pública como tu e o sr. milagre pode fazer parte da estratégia de sensibilização da sociedade para os interesses da organização. não é a primeira organização, nem a primeira pessoa, a usar cartas abertas para chamar a atenção do público às suas preocupações. e tratando-se de alguém que quer defender interesses de um grupo, acho isso é legítimo. mas repare, egídio, que a questão não é de aceitar ou não a homossexualidade; mesmo se o nosso parlamento decidisse, após deliberação, que em moçambique os casamentos homossexuais devem permanecer ilegais, nenhum de nós teria o direito de proibir grupos de interesses de defender essa causa, nem mesmo reprimir os homossexuais por causa da sua orientação sexual.
caro rildo, não tinha visto a sua intervenção. não concordo consigo. acho que exagera na caricatura que faz da acção da lambda, apesar de eu não saber bem o que ela tem feito. os únicos dados que tenho são os dois episódios relatados pelo egídio; parecem-me demasiado anedóticos para servirem de base para as conclusões que tira. o debate que a lambda parece estar a propor é de obrigar as instituições a se posicionarem em relação a certos pronunciamentos. acho, repito, sintomático que o sr. milagre na sua resposta tenha negado ter dito o que lhe foi atribuído pelo representante da lambda. e isso é vitória moral para a organiza1ão. abraços
Unknown disse…
Professor E. Macamo.

Se o Procurador aparece a dizer que está a favor da corrupção etc.

Aqui ao envez de julgarmos a ele como o Milagre pretende fazer com a institucionalização de ideias singulares, procurariamos ver se o "vício é de mérito ou de inlegalidade"

Estamos a dizer que o Procurador pode até estar afavor do crime e proferir palavras tendentes a isso, não o julguemos se não há acção criminosa nisso, quando muito procuraremos colocar as nossas palavras contra as dele só.

É por isso que a razão que o Prof. oferece ao Milagre é a parentemente lógico mas não encontra fundamento porque não conhecemos nenhuma instiuição que interdita ideias contra a sua missão (talvez acções)

Macamou, não é nada institucional um Sindicalista opinar (não como porta voz) a favor do patronato. pelo que se alguem é contra, dirija se a ele não ao sindicato como instituição!

Obrigado
Elísio Macamo disse…
caro chacate joaquim, chegamos a um ponto onde podemos começar a concordar em entrar em desacordo. penso que as posições estão agora claras. o chacate joaquim defende que quando alguém, que trabalha para uma instituição de carácter público, se pronuncia publicamente de uma forma que fere as sensibilidades de um grupo na sociedade que acha que esse tipo de ideias não deviam fazer parte do posicionamento dessa instituição, o problema é da pessoa e ninguém tem que envolver essa instituição. não concordo. se o procurador da república, na sua opinião privada, é a favor do crime e diz isso publicamente, acho que seria obrigação de qualquer cidadão ficar preocupado com a questão de saber se a legalidade no país está em boas mãos ou não. mesmo a ideia ontem veiculada em alguns comentários de que está em jogo o emprego de uma pessoa não cola, em minha opinião. se fosse assim, não criticávamos ninguém com receio de que essas pessoas perdessem o seu emprego. trabalhar numa instituição de carácter público coloca certas obrigações às pessoas que incluem medir as suas palavras em público. e isto é algo que faz muita falta no nosso país. em tempos lamentei, em artigo de jornal, que o ex-ministro do interior, o sr. manhenje, não tivesse sido obrigado a demitir-se quando, em reacção à fuga de anibalzinho, disse que isso acontecia em todo o mundo. esse pronunciamento dava a impressão de que o governo tomava essa fuga de ânimo muito leve. e isso não é correcto. estou espantado com o sentido de tolerância que se está a manifestar nesta discussão.
Bayano Valy disse…
caro elísio,
estou contigo no concernente à necessidade de todos termos o direito de defender os interesses dos demais e variados grupos em que nos inserimos. eu pessoalmente advogo o direito dos muçulmanos terem um feriado islâmico (mas ainda vamos voltar à carga, e não há melhor altura do que o próximo ano para exigir esse direito). todavia, já não estamos juntos quanto aos métodos que alguns utilizam para fazerem valer os seus direitos. aliás, o danilo (pessoa com que já privei em várias festas) tem esse hábito de "jogar sujo". avanço, antes que seja suspeito, que tenho vários amigos gays e lésbicas e uma delas é como que família para mim. outros são abertos no sentido de discutir honestamente e outros como o danilo não. costumo dizer: que não é possível a água não ficar molhada, ie, se quer aparecer em público para reclamar seja o que for, prepare-se para ouvir vozes e opiniões contra. agora, entendo que uma uma figura pública trilha uma linha tênue (público/privado),mas já fico muito preocupado quando se escreve uma carta para a minha boss sobre algo que eu tenha dito, ao invés de se me abordar directamente ou interpelar as minhas ideias. o que o danilo faz, é de alguma forma tentar coarctar o direito que os outros têem de se exprimir - pelo menos essa é a mensagem que subjaz à sua acção. nos vários debates em que o danilo participou, mostrou que não está preocupado em ouvir o que os outros dizem. acho que não é por acaso que recorre às instâncias superiores. imagine, se o déssemos uma colher do seu medicamento e fôssemos ter com o seu chefe sobre a sua sexualidade, e este achasse que devido aos seus direitos (suponhamos, religiosos) não o quer lá!!!! seria uma injustiça, pois não? o mais importante para mim é que dentro da estrutura do direito, saibamos viver e respeitar os direitos que os outros têem.
agora, não entendi o que quer dizer com "acho, repito, sintomático que o sr. milagre na sua resposta tenha negado ter dito o que lhe foi atribuído pelo representante da lambda." não entendo mesmo. conheço o diogo e como eu, é activista dos direitos humanos, custa-me a crer que tenha dito o que lhe é imputado. ademais, quando isso se deu procurei falar com ele e de facto nega que tenha feito essas afirmações, como não há nada gravado e nem há notas, dou-lhe o benefício da dúvida. infelizmente, chega-me aos ouvidos que o repórter da aim que fez a notícia foi sancionado - quem não comete erros? mas de facto não entendo porquê diz que a resposta é sintomática...
abraços
Bayano Valy disse…
caro elísio,
desta vez é apenas uma peguntinha que me saltara no outro comentário. de facto essa coisa de direitos é interessante. vamos supor que após escreveres uma crítica aos doadores (como normalmente fazes e bem), o bom do embaixador alemão escreva uma carta ao chancellor da universidade de bayreuth a questionar se concorda com a tua posição (que é contrária à política germânica)!!!! penso que mesmo se o exercício intelectual que fosse desencadeado para apurar os factos (sejam lá eles o que forem) fosse apetecível, mas talvez não gostasse da interferência política. já agora, num contexto de advogacia, não devemos separar a política da advogacia? será que a posição hipotética do embaixador alemão não seria visto como um acto político?
abraços
Egidio Vaz disse…
Sem comentários. Queria fazer a mesma pergunta ao Professor. Apenas não conseguia criar um cenário melhor. Esse sim, BV, tiraste-me as palavras da boca.
Elísio Macamo disse…
caro bayano, pelos vistos a discussão ainda só está no início... acho que fazes boas interpelações. mas antes de te responder, devo fazer alguns reparos, um dos quais em jeito de resposta ao teu último comentário. primeiro, a comparação só é útil para a discussão quando no seu elemento essencial é pertinente para a discussão. se eu trabalhasse para a gtz alemã ou para o ministério da cooperação alemão e dissesse em público que a política está mal ou que eles estão a lixar a áfrica, é claro que haveria todo o direito de a minha instituição se perguntar se vale à pena conservar-me no seu quadro. eu também devia perguntar a mim próprio se, com as ideias que tenho, devia continuar a trabalhar nesse lugar. se, trabalhando para a universidade de bayreuth, eu fosse dizer publicamente que sou a favor da tortura aos estudantes maus, é claro que faria todo o sentido que a universidade me interpelasse. se trabalhando para a universidade de bayreuth vou dizer em público que a política alemã de desenvolvimento não está correcta, não vejo como a universidade, que é pública, me pode chamar à razão, pois a sua missão é de promover esse sentido crítico. seria contra o espírito da academia mandar-me fechar a boca. portanto, a analogia que fazes peca, infelizmente, por não ser pertinente. se a universidade de bayreuth tem uma política de defesa dos direitos de minorias e eu vou lá para fora dizer, em opinião pessoal, mas em público, que sou contra isso, as associações de defesa dessas minorias podem interpelar a universidade para saberem se essa é sua política e o que acha de um dos seus funcionários andar a dizer isso. repare, contudo, que o facto de eu trabalhar numa instituição de carácter público com uma determinada política não me obriga a comungar as mesmas ideias. tenho, contudo, que ser comedido nos meus pronunciamentos públicos. até porque numa ordem liberal digna desse nome, teria direito à minha opinião. a instituição verá, depois, se tendo em conta os seus objectivos e o tipo de relações que quer manter com certos grupos, faz ou não sentido me confiar certas responsabilidades. isso é normal e legítimo. esse fulano da lambda, em minha opinião, tem toda a razão (caso os factos sejam verídicos; já vimos que no caso do sr. milagre houve equívoco) em abordar as instituições referidas. as afirmações atribuídas ao sr. milagre afectam o trabalho desse conselho; as afirmações feitas pelo egídio podem afectar a credibilidade do posicionamento do dfid em relação à questão da homossexualidade. vou continuar a resposta numa outra caixa.
Elísio Macamo disse…
continuando, bayano, o segundo reparo tem a ver com o sr. danilo da silva. as opiniões que emiti dizem respeito aos factos relatados pelo egídio e aos comentários que se seguiram. não conheço o tipo nem sei como se comporta em discussões. nos dois casos relatados aqui, salvo os equívocos agora detectados, não vejo problema na forma como ele reagiu. mas conforme dizia ao chacate joaquim, podemos entrar em desacordo, pois pelo menos as posições estão claras. a frase sobre o sr. milagre referia-se à eficácia da acção desse danilo da silva. ele ouviu que um alto funcionário de uma instituição de combate ao hiv disse coisas que comprometem os interesses da associação que ele defende; pediu esclarecimento e a pessoa visada veio a público reafirmar que não tem ideias que atentam contra os interesses desse grupo. portanto, o sr. danilo da silva conseguiu uma vitória importante na afirmação dos interesses do seu grupo. só isso. já agora, se o sr. milagre não quisesse dar publicidade barata à lambda teria simplesmente exigido da aim que corrigisse o equívoco. só isso. não sei se percebeste que eu estivesse a dizer que o sr. milagre disse o que lhe foi atribuído? é claro que não. eu referia-me apenas à estratégia da lambda que nestes dois casos não constitui nenhum atentado ao debate público.
Egidio Vaz disse…
Sim, Prof., a atitude do lambda n constitui nenhum atentado ao debate público. Mas sim um grave atentado a honra e imagem alheias, factos que estiveram na origem deste post. Quando escrevi disse que o lambda tinha o mau hábito de escrever cartas abertas ou dirigidas à entidades patronais daqueles que publicamente se posicionavam contra a homossexualidade. E ressalvo: não são quaisquer entidades! Para o meu caso, fizeram-no na esperança de estarem nas graças da própria instituição. Convido-o a analisar bem a estrutura das suas cartas abertas. Geralmente começam com uma introdução demolidora. Lambda como organização (em formação) de defesa de MINORIAS SEXUAIS (Sinceramente não sei bem o que isso significa. Pelo que eu saiba, no Mundo apenas existem DOIS SEXOS, que geralmente são responsáveis pela atribuição do género masculino e feminino. E quais seriam outros sexos minoritários?). Depois segue-se a apresentação da vítima. Normalmente elevam-no aos patamares inimagináveis! A mim escreveram para a minha boss que era Mestrado NÃO SEI EM QUE! Porém nunca em nenhum momento escondi as minhas habilitações literárias. E constituiu novidade para a própria DFID: afinal Egídio és Mestrado?! Depois vêm citações fora de contexto, coisa que Danilo sabe bem-fazer. Na primeira e segunda fase, o texto enche-se de falácia de espantalho, em que se deturpa a posição de alguém para então poder-se atacar mais facilmente essa posição deturpada. Por fim mostram-se "disponíveis em trabalhar juntos". Portanto, apelam para a colaboração entre as duas instituições. Anexam os seus Planos Estratégicos e orçamentos. Assim, na mesma carta, depois de pintar a DIABO a vitima, requerem um enlace institucional para a prossecução dos interesses comummente partilhados!
Essa é a estratégia de comunicação. Aproximarem-se das instituições à custa dos outros; à custa do desemprego dos outros. No meu caso não foi. Nem no do Dr. Milagre. Mas o jornalista da AIM está ai quase que empacotado, a fazer coisas q n gosta.
Veja que ele foi rechaçado para uns serviços de apoio!
Será que o que professor defende é exactamente isso? Não olhar os meios para se atingir os fins? Claro que não. Será que não tinha sido claro? Independentemente do sim ou do não, sou contra a mania de se amordaçar as liberdades individuais, das quais a de ter uma opinião e e expressá-la, quando o interesse nacional está em causa. E legalizar a prática homossexual, admitir casamentos homossexuais mexe muito com a constituição, com os nossos usos e costumes, com a moral religiosa e pública, etc. e acho que neste acaso, ninguém tem o direito de mandar calar alguém com cartas a entidades patronais. A próxima que me fizerem eu irei processá-los, se não for agora.
Abraços.
Elísio Macamo disse…
caro egídio, acho que podemos, pelo menos, concordar numa coisa: nenhum de nós defende o uso da mentira na prossecução dos interesses do seu grupo. incluo na mentira a citação fora do contexto e o oportunismo. mas, felizmente, a mentira tem pernas curtas, e no teu caso, aparentemente, foi detectada pela dfid. no caso do sr. milagre apurou-se que a reportagem na qual o sr. danilo da silva se baseou estava equivocada. a nossa discussão é sobre os méritos da questão, não das pessoas. e neste ponto, não concordo com o teu raciocínio, mas isso não significa que eu esteja interessado em ver-te a perderes o teu emprego ou que o teu nome seja arrastado na lama. mas se tu trabalhas numa instituição que tem uma determinada posição sobre um assunto que um grupo na sociedade vê com interesse, e tu tens uma opinião diferente, tens que ter consciência de que qualquer pronunciamento público que fizeres a esse respeito será susceptível de comprometer a tua instituição. neste sentido, acho a atitude da lambda perfeitamente legítima e isso é independente de outros motivos que ela possa ter, nomeadamente ganhar financiamentos do dfid. quanto ao jornalista da aim também diria que a lambda não tem nenhuma responsabilidade sobre o que lhe está a acontecer.
acho bom separar os méritos de uma questão dos méritos das pessoas que estão envolvidas nessa questão. o teu posicionamento começa a ficar claro a partir do que dizes no último parágrafo do teu último comentário: incomoda-te a própria ideia de homossexualidade (até ao ponto de falares de um interesse nacional que está em causa), o que é teu direito legítimo, mas isso impede-te também de analisares o assunto com a frieza necessária. penso que podes aceitar o princípio que torna plausível e legítima a atitude da lambda sem teres, em virtude disso, que mudar a tua opinião sobre a homossexualidade. pessoalmente, não estaria a favor da legalização do casamento homossexual no nosso país, mas isso não me obriga a condenar a defesa dos interesses daqueles que têm essa orientação sexual. os argumentos que tu e outros estão a utilizar aqui são os mesmos que políticos astutos podem utilizar para limitar as liberdades de qualquer um de nós. nesse ponto eu, pelo menos, não faço nenhum compromisso. há um problema grave de coerência na nossa abordagem. condenemos a mentira, a citação fora do contexto e o oportunimo; mas não limitemos o direito de as pessoas defenderem os seus interesses só porque não concordamos com a sua causa. abraços!
Unknown disse…
Professor, devo me desculpar pela insistencia.

"não limitar o direito de as pessoas defenderem os seus interesses só porque não concordamos com a sua causa".

sinto me obrigado a concordar com a sua posição. Mas eu continuo a julgar legítima a posiçõ do lambda considerando a sua posição se essas revindicações não estivessem munidos de interesses ocultos e contida de mentiras e citações fora do contexto e acima de tudo oportunismo.

Veja que no julgamento do caso BCM aprendi muito, há pessoas que fora de responder as questões que o Paulino colocava tentavam abrir outros processos e isso tirava o mérito de toda a possível verdade que atens ou depois diziam.

Portanto, este fulano perde a legitimidade nas suas acções exatamente aí.

abraço Prof.
Anónimo disse…
De toda esta discussão não estou a perceber uma coisa que alguns estão a dizer: QUEM FOI QUE MENTIU, A LAMBDA OU O TAL JORNALISTA DA AIM?
Anónimo disse…
Adorei o debate, concordo com alguns, discordo com outros tantos. sou membro da Lambda e queria dizer estamos todos nós a acompanhar este debate com muita atencão. tenho pena k muitos olhem a Lambda como o Danilo da Silva, que é apenas o seu rosto mais visível. para a vossa informacao nao foi o senhor Danilo da Silva que escreveu as cartas, mas sim vários membros da organizacão, que sentaram e discordaram entre si em muitos aspectos ate k xegassem a redacao final das cartas que vieram a publico. as afirmacoes quer do senhor egidio vaz quer do Milagre nao atentaram contra o direito da nossa organizacao, mas sim contra os direitos de uma imensa minoria(permitam-me o trocadilho). se axam legitimo que nos calemos para que nao nos acusem de nos estarmos a furtar ao debate, concerteza é pk se consideram detentores da verdade.sabe Deus de que verdade.
adorei a questao colocada acima, quem mentiu, a lambda ou o jornalista? A maioria das pessoas aqui se esqueceram ou fingem esquecer a questao principal: houve uma noticia veiculada por um orgao oficial, a pessoa a quem as palavras foram atribuidas veio a publico defender-se e fê-lo bem, usando dos mesmos meios que a Lambda.o resto meus caros são apenas opiniões baseadas em preconceitos e intolerancia. Acham legitimo que nos calemos perante a possibilidade de sermos conotados com a maior epidemia do século, mas se amanha alguem aparecer a afirmar que os negros, ou os amarelos sao o principal grupo responsavel por tal coisa, muitos dos que aqui se manifestaram não se calariam.
só nao sei se escreveriam cartas abertas como nós o fizemos ou se marchariam nas principais avenidas da cidade, ou se comprariam tempo de antena nas principais televisoes. enfim de uma coisa tenho a certeza, não se calariam.
só para terminar queria deixar aqui um excerto do discurso mais emocionante dos últimos tempos:"Olá, Chicago! Se alguém aí ainda dúvida de que os Estados Unidos são um lugar onde tudo é possível, que ainda se pergunta se o sonho de nossos fundadores continua vivo em nossos tempos, que ainda questiona a força de nossa democracia, esta noite é sua resposta.
É a resposta dada pelas filas que se estenderam ao redor de escolas e igrejas em um número como esta nação jamais viu, pelas pessoas que esperaram três ou quatro horas, muitas delas pela primeira vez em suas vidas, porque achavam que desta vez tinha que ser diferente e que suas vozes poderiam fazer esta diferença.
É a resposta pronunciada por jovens e idosos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, indígenas, homossexuais, heterossexuais, incapacitados ou não-incapacitados.
Barack Obama
Este homem fez chorar multidoes em todo o mundo com estas palavras, OH YES WE CAN, nós podemos as mudar coisas.para os que acima disseram que não nos mostramos aqui fica o meu nome
Dário Caetano de Sousa
Egidio Vaz disse…
Respondendo a pergunta: quem não informou bem foi o jornalista. Porém, quem pagou pelo mau profissionalismo foi Dr Milagre. E esse dano muitas vezes é irreparável. Sofreu com a investida da LAMBDA, sobre uma notícia mal feita. Aí está o pergio de cartas dirigidas à entidades patronais. Podia muito bem ter sido uma carta aberta, dirigida ao próprio Dr Milagre. Mas, estilisticamente a LAMBDA preferiu ir até a Dra Mangueira. E, paradoxalmente a resposta veio do próprio r Milagre. Portanmto, o Dr Milagre mostroua LAMBDA que não precisava "queixar" para que ele reagisse. BAstava escreverem para ele, que tudo se iria resolver.
2.A minha qyuestão aqui foi sempre a mesma. Nunca estive contra qualquer pessoa. Porém, questionei os métodos usados por uma organização - que podia também ser de Antigos Combatentes da luta de libertação nacinal ao decidir escrever cartas dirigidas apenas por causa de opiniões individuais (um direito assitido a todos) sobre um determinado tema.
Se quisermos debater vamos por ai. O resto é acusação, coisa a que estou há muito acostumado. Cresci a ser acusado disto ou daquilo. Porém a verdade sempre mostrou que o único mal meu foi de andar a insistir em não ser conveniente.
Abraços ao debate. Sincero.
Anónimo disse…
Chego tarde ao debate mas foi interessante saber que os que insistiam pelo debate aberto de ideias (sobre o homossexualismo) o faziam inconscientemente. Concordo plenamente com o Prof. Elisio Macamo. Eu proprio trabalho para uma org internacional (ao estilo do Dfid) e jamais a minha organizacao toleraria que eu publicamente me pronunciasse contra os direitos e liberdades dos outros, ainda por cima faze-lo publicamente. Revejam o exemplo sublimente apresentado pelo Prof. Macamo, sobre o Procurador. O que o Prof. Macamo quis dizer, caro Vaz, eh que os teus ideais, pelo menos PUBLICAMENTE tem que estar em consonancia com aquilo que a instituicao que te emprega (ou empregava), ao qual V. Excia jurou identificar-se com ela e ajudar a alcancar os seus objectivos (direitos humanos, desenvolvimento social etc). A isso se chama COERENCIA. Ha muita gente que eh contra o homossexualismo, o unico senao eh que essas pessoas nao trabalham em instituicoes que promovem e financiam actividades que visam a promocao do desenvolvimento social, das liberdade fundamentais, ou seja, dos direitos humanos, direitos inalienaveis ao ser humano. Os pronunciamentos que foram atribuidos ao Sr. Milagre, foram-no, embora erradamente, como se provou, na SUA CAPACIDADE DE ALTO DIRIGENTE DO CNCS. Esse foi o moto e a razao da carta da LAMBDA, e a fonte de informacao eh citada na referida carta. A resposta foi pelo mesmo canal. Tal como o professor Macamo identificou, o teu problema, digo, a tua posicao eh que es contra o homossexualismo, e a partida, embora nao tenhas tido a coragem de dizer, isso coarta a tua liberdade para o debate. Veja a tua explicacao de "minorias sexuais"? Reflicta sobre as tuas afirmacoes sobre "finorios"? A tua ignorancia publica sobre o termo MINORIAS SEXUAIS eh chocante para um HISTORIADOR. Existe literatura abundante sobre o termo jah ah "seculos" adoptado pelas ONU, pelo ONUSIDA e pelo Governo de Mocambique atraves do CNCS. Recomendo uma leitura. Por fim, deixe-me dizer-te que fiquei surpreendido ao revelares conteudos professionais, que acredito que sao confidenciais para qualquer instituicao. Nenhuma entidade como o Dfid, empregaria alguem que (depois de desvincular da instituicao) vah a praca publica revelar informacoes "privilegiadas" dos seus antigos "clientes ou potenciais clientes"! Deontologicamente inaceitavel. Para terminar, dizer que encontro-me temporariamente a residir na Africa do Sul e acompanhei os debates sobre a legalizacao dos casamento de pessoas do mesmo sexo (unioes civis maritais) e venho acompanhando a sua implementacao. Houve debates acesos como o que decorre aqui, com ameacas e tudo, com demonstracoes religiosas e culturais sobre como o homossexualismo era abominavel, mas a verdade eh que a lei estah em vigor a quase dois anos e qualquer pessoa que viva ou visite a Africa do Sul nao nota NENHUMA ALTERACAO SOCIAL ou MORAL.
Cumprimentos,

Leopoldo de Amaral

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